Missão brasileira conhecerá redes privativas de 5G nos Estados Unidos

Na próxima semana, uma comitiva brasileira comandada pelo Ministério das Comunicações (MCom) irá a Washington e Nova York, nos Estados Unidos, para conhecer as redes privativas de 5G do país e se reunir com potenciais investidores em telecomunicações. A viagem ocorrerá entre os dias 6 e 11.
O leilão de 5G no Brasil prevê a criação de uma rede privativa, de alta segurança e criptografada, para a comunicação entre os órgãos da Administração Pública federal.

“Todos os países que estão fazendo o leilão estão fazendo a rede privativa. É uma rede privativa que entra Forças Armadas, Governo Federal, o Judiciário, o Legislativo. E isso, eu diria que vai ser o futuro dos leilões 5G”, afirmou o ministro das Comunicações, Fábio Faria. Ele citou que os Estados Unidos, Finlândia, Coreia do Sul, Japão e Alemanha são países que já têm rede privativa.

Agenda da missão brasileira

A viagem aos Estados Unidos tem dois objetivos: conhecer modelos de redes privativas e dialogar com investidores. O grupo que vai ao país tem representantes de órgãos como os ministérios das Comunicações, da Defesa, da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), da Secretaria-geral da Presidência da República, do Tribunal de Contas da União (TCU) e parlamentares.

Os brasileiros participarão de reuniões em órgãos do governo norte-americano, entre eles, os departamentos de defesa, de inteligência e o departamento de segurança interna, que faz o controle de fronteiras e de ataques cibernéticos. Vão ainda à comissão federal de comunicações e haverá reuniões com o FBI e a CIA.

A agenda tem uma parte dedicada a encontros com empresas e possíveis investidores. Haverá reunião com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Ainda farão reuniões com empresas de telefonia.

Inclusão digital

O leilão do 5G deve ocorrer no segundo semestre deste ano, de acordo com o ministro Fábio Faria. “Não é só velocidade. O 5G vai conectar coisas, é a famosa ‘internet das coisas’, onde vamos ter um aumento muito grande no agronegócio, por exemplo, teremos a telemedicina, o setor automotivo, a segurança, investimento nas escolas, na educação. A próxima década toda será a década do 5G e com isso precisaremos de muitos investimentos”, explicou o ministro.

As empresas vencedoras do leilão deverão cumprir uma série de compromissos para reduzir as desigualdades regionais em telecomunicações. Segundo Fábio Faria, 40 milhões de pessoas ainda vivem sem internet no Brasil. “Aproveitaremos o leilão para fazer com que a gente possa levar internet para essas pessoas, acabar esse deserto digital que temos no Brasil.”

Um dos compromissos é viabilizar o projeto Norte Conectado, que levará internet a cerca de 10 milhões de habitantes via fibra óptica subfluvial. “A região Norte é a que tem menos acesso à internet. Só o Norte Conectado conectará 10 milhões de pessoas dos 40 milhões restantes, 25% do país que não tem internet”, detalhou Fábio Faria.

O que é o 5G

Em telecomunicações, o 5G é o padrão de tecnologia de quinta geração para redes móveis e de banda larga. É uma conexão de internet móvel mais rápida, ágil e econômica. O 5G é o sucessor planejado das redes 4G, que fornecem conectividade para a maioria dos dispositivos atuais. A tecnologia promete ser até 100 vezes mais rápida do que a atual.

Possibilidades com o 5G

A tecnologia 5G tem potencial de transformação na indústria de telecomunicações e em diversas áreas como transportes e telemedicina. Com um tempo curto de transmissão de dados, permite o carregamento instantâneo de vídeos em altíssimas resoluções, o que colaborará, por exemplo, com a realização de cirurgias remotas.

Será ainda a chave para apoiar a conectividade sem fio necessária para alimentar novas fábricas e cidades inteligentes. O Ministério das Comunicações estima que, com o 5G, surgirá a demanda por um novo perfil profissional, voltado para a economia digital.

Leilão do 5G

O leilão será não arrecadatório, já que as verbas levantadas serão investidas em infraestrutura de comunicação e aprimoramento da conectividade em áreas ainda carentes.

As operadoras vencedoras do leilão terão que cumprir uma série de compromissos para reduzir as desigualdades regionais em telecomunicações, como viabilizar o projeto Norte Conectado. Outro compromisso será a oferta de sinal 4G ou superior às localidades com mais de 600 habitantes e a conexão de até 48 mil quilômetros de rodovias federais.

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