Metralhadora! Esta será a música do verão num país que vive em guerra contra a violência, vejam o clipe

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Coreografia mostra mulheres bonitas simulando metralhar com dedos imitando armas

Sucesso na web, o hit ‘Paredão metralhadora’ música da banda Vingadora cantada por Tays Reis está caminhando para ser a música do carnaval 2016. O país vive um momento delicado na área de segurança pública com índices de violência comparados ao de países em guerra.

“Estou muito feliz, feliz de verdade. A minha música saiu da Bahia, caiu na internet e agora todo mundo gosta e aceita o nosso som. Eu costumo dizer que o Ministério da Saúde adverte: dançar ‘Metralhadora’ faz a pessoa perder até 100 calorias. Quero ver todo mundo dançando. Acho que a dança é a melhor maneira de manter o corpo ainda mais que ando sem tempo para fazer academia”, disse a comandante da banda Tays Reis, ela que tem na sua agenda quase 30 shows por mês.

As canções com letras violentas aumentam os pensamentos e sentimentos agressivos, sendo que as de tom mais humorístico incrementam a hostilidade, segundo um estudo publicado pela revista da Associação norte-americana de Sociologia.

«O aumento dos pensamentos e sentimentos agressivos relacionados com as canções violentas têm implicações na violência do mundo real», segundo o investigador principal do estudo, Craig Anderson, da Universidade do Iowa.

«Os pensamentos agressivos podem influenciar a percepção que se tem das interacções sociais, pintando-as de uma cor agressiva», explicou.

O especialista acrescentou que «interpretações propensas à agressão podem, por sua vez, instigar uma resposta, verbal ou física, mais agressiva que aquela que teria existido num estado não propenso, e isto causa uma espiral de violência ascendente».

As conclusões, publicadas na revista Journal of Personality and Social Psychology, contradizem as noções populares sobre os efeitos de catarse positiva ou libertação de tensões causadas pela audição de músicas e textos de conteúdo iracundo ou violento.
Numa série de cinco experiências com mais de 500 estudantes universitários, os investigadores do Departamento de Serviços Humanos do Texas e da Universidade do Iowa analisaram os efeitos de sete canções violentas interpretadas por sete artistas, e oito canções não violentas interpretadas por sete artistas.

Sentimentos agressivos

Os alunos ouviram as canções, tendo-se posteriormente submetido a várias provas psicológicas para medir os pensamentos e sentimentos agressivos.

Uma das tarefas consistiu em pedir aos participantes que classificassem palavras que têm simultaneamente significados agressivos e não agressivos, como pedra e pau.
De forma a controlar factores não relacionados com o conteúdo das letras das canções, os temas violentos e não violentos foram interpretados pelos mesmos artistas dentro do mesmo estilo musical em três das experiências.

Nas outras duas, os investigadores provaram as propriedades provocativas das canções, de forma a assegurar que os efeitos dos textos violentos não se deviam a diferenças no nível de provocação. Ainda assim, foram avaliadas e controladas as diferenças nas personalidades individuais relacionadas com a hostilidade.

O estudo incluiu canções com textos humorísticos, para ver de que forma o humor interage com os textos das canções violentas e os pensamentos agressivos. Os resultados das cinco experiências mostram, segundo o artigo, que as canções violentas levaram a interpretações mais agressivas das palavras de sentido ambíguo e aumentaram a velocidade relativa com a qual as pessoas lêem palavras agressivas.

As canções violentas aumentaram os sentimentos de hostilidade sem provocação ou ameaça, segundo os autores do estudo, e este efeito não resultou da diferenças em estilos musicais, um artista específico ou as propriedades de provocação das canções.

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Fonte: Lusa

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