Messi e Coutinho chegam à semifinal sob críticas, mas protegidos pelos técnicos

Uma sombra ofusca o brilho de Messi e Philippe Coutinho nesta Copa América. Ou várias, dependendo da boa (ou má) vontade com os dois maiores astros de Argentina e Brasil. As duas seleções se enfrentam nesta terça, no Mineirão, em busca de uma vaga na final, renovando os votos de que finalmente o eclipse da dupla chegue ao fim. Por enquanto, ele é daqueles possíveis de se ver a olho nu.

Os números reforçam a noção. Se as equipes estão na semifinal, isso se deve mais a outros jogadores do que a Messi e Coutinho. Há, nos dois times, quem finalize melhor, quem passe melhor. O camisa 10 é o melhor driblador da Argentina, e Coutinho tem a maior participação em gols da seleção. O brasileiro ainda se destaca nos passes para finalização, o argentino nem isso. Mas a temperatura das entrevistas coletivas não deixa mentir: os técnicos tentam ser escudos de seus principais atletas.

— Se você olhar o que ele faz no vestiário e em campo, haverá entendimento diferente do papel do Messi. Garanto, a contribuição é muito grande — disse Lionel Scaloni, treinador da Argentina.

Alguns fatores servem de explicação para o talento ofuscado. Um gramado ruim é obstáculo real para quem prima pela técnica. A cada má atuação na Copa América, Messi dispara contra os campos (“No Maracanã, a bola quica feito coelho”, disse ele). Tite já afirmou que Coutinho é um dos jogadores do Brasil mais prejudicados pelos gramados inferiores aos da Europa.

Cobrança por título pela seleção

Nas seleções, Messi e Coutinho encontram condições táticas diferentes das que estão acostumados no Barcelona. Messi joga mais para Agüero e Lautaro Martínez, enquanto, na Espanha, os outros jogam por ele. Coutinho pelo Brasil é um meia de criação e não o ponta esquerda habitual.

— Eu estava com dificuldade para fazer essa bola chegar até os pontas, daqui a pouco o Coutinho decide uma — afirmou Tite, segundo o Extra.

Enquanto isso não acontece, os dois jogadores administram as críticas e compartilham o rótulo de que não são decisivos nas seleções.

Messi convive com esse estigma há uma década e, aos 32 anos, corre contra o tempo para mudá-lo. Philippe Coutinho é mais novo, tem 27, mas já está na quarta competição ainda em busca de um título. Amanhã, um deles ficará mais próximo de acabar com o jejum.

01/07/2019

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