Mercado de consórcio imobiliário cresce 3,7% no primeiro trimestre de 2016

Modalidade é excelente negócio em momentos de crise, sobretudo o atual, em que a taxa de juros está muito alta. Segundo especialistas, custo final é inferior a outros tipos de financiamento

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O mercado de consórcio imobiliário manteve o crescimento no volume de participantes no primeiro trimestre deste ano, assim como em 2015. Balanço recente da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac) revela que os consorciados ativos evoluíram 3,7% sobre o mesmo período do ano passado. De janeiro a março, quase 650 consorciados em todo o país utilizaram R$ 27,8 milhões do FGTS no consórcio. Presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Lúcio Delfino esclarece que o consórcio é uma união de pessoas em um grupo fechado com a finalidade de formar uma poupança (fundo comum) e com ela adquirir bens ou serviços, construir ou reformar imóveis.

Fechado o grupo, os consorciados pagam uma prestação mensal, composta de uma parcela do fundo comum, que corresponde ao valor do bem, dividido pelo número de parcelas; fundo reserva; taxa de administração e um seguro contra morte. Segundo o especialista, a contemplação do consórcio pode ocorrer por sorteio ou lance. No sorteio, o consorciado concorre com os demais integrantes do grupo e a contemplação é aleatória. “No sistema de lance, o consorciado oferece uma espécie de adiantamento das prestações e é contemplado aquele que oferecer o maior lance. Se o consorciado pretende optar pelo lance, é bom ter cuidado com dois pontos: lance embutido e forma de apuração do lance vencedor (para grupos com carta de crédito de valores diferentes)”, alerta Delfino.

POUPANÇA ADMINISTRADA Ariano Cavalcanti de Paula, presidente do Sicoob/Secovicred, cooperativa de crédito do mercado imobiliário, sempre entendeu o consórcio como uma opção de poupança administrada, uma alternativa para quem não tem o recurso à vista para aquisição do bem. Sobretudo para quem não tem reserva para a entrada de um financiamento tradicional. “O que, às vezes, não é observada, é a competitividade da sua taxa. Em tempos de Selic a 14,25% ao ano (que por si já equivale a taxa efetiva ao mês de 1,12%), a taxa efetiva do consórcio, apurada ao final do seu período, pode ser muito interessante. Por essa razão o consórcio imobiliário nunca vendeu tanto como agora”, diz.

Ele reforça que a taxa de administração dos consórcios incide sobre o período total do seu grupo, ou seja, taxa de administração de 14% para consórcio de 180 meses será de 0,08 % ao mês. “Claro que se trata de uma taxa nominal rasa, sem os acréscimos de seguros, atualizações de valores, lances. Considerando os demais custos, a taxa efetiva ao mês pode variar entre 1,10% e 1,25% ao mês, o que torna essa opção muito competitiva em relação até mesmo ao financiamento imobiliário tradicional. Se compararmos com outras modalidades de financiamentos, o consórcio vai ganhar com larga diferença”, defende.

Em outra modalidade, o consórcio pode também ser opção para levantamento de capital de giro. Numa operação estruturada, é possível comprar um consórcio para adquirir um bem de uma pessoa (física ou jurídica) do mesmo grupo ou família, realizando um “refinanciamento” a custos menores que os praticados nos bancos, que hoje variam entre 1,80% e 2,5% ao mês, contra 1,25% do consórcio. Mas é importante buscar a orientação de quem entende, escolher um consórcio com boa reputação, pesquisar sobre o grupo cuja cota pretende adquirir, verificar a média dos lances e adimplência dos seus membros. No mais, é torcer para ser sorteado logo.

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