Adolescente alegou que se sentiu ameaçado e se disse arrependido.
Fato foi registrado como ato infracional; MP vai definir medida contra menor
Um adolescente de 15 anos confessou ter matado o jovem Pedro Carlos Vidoreto Viesi, de Guariba (SP), a facadas, confirmou a Polícia Civil. O menor, também de 15 anos, morreu na última quinta-feira (15), depois de ser perseguido e esfaqueado enquanto voltava da escola para casa.
De acordo com o delegado Izildo Aparecido Beltrame, responsável pelas investigações, o suspeito foi ouvido nesta segunda-feira (19) e, na presença de um advogado, confirmou que deu facadas na vítima depois de uma briga com ele.
“Ele falou que estava sendo ameaçado pela vítima, que havia uma desavença, que a vítima estava o ameaçando e foi conversar pra saber por que estava ameaçando. A vítima teria dado um empurrão nele e ele sacou a faca e desferiu dois golpes, um na barriga e outro no peito”, afirmou.
Beltrame confirmou que o adolescente responderá por ato infracional por homicídio doloso e que seu caso foi encaminhado ao promotor da Infância e Juventude, Hermes Duarte Morais, que vai definir se pedirá que o adolescente seja internado na Fundação Casa.
Como não houve flagrante, o adolescente não foi detido. “Realmente se percebe que obviamente ele está arrependido do fato.”
A Polícia Civil ainda faz diligências para apurar se outras pessoas participaram da morte de Pedro Viesi e aguarda a divulgação do laudo necroscópico e da análise da faca usada no homicídio.
“Ele está dizendo que estava sozinho, está assumindo o delito sozinho, mas as investigações prosseguem pra saber se houve ou não a participação de outras pessoas”, disse Beltrame.
Perseguição e morte
Segundo testemunhas, Pedro e um amigo tinham acabado de sair da escola estadual José Pacífico, no Centro, e voltavam para casa a pé quando começaram a ser perseguidos.
Os meninos correram por alguns quarteirões e foram seguidos por outros jovens. O colega conseguiu escapar, mas Pedro foi esfaqueado no peito e na barriga.
Ferido, o menino buscou ajuda na casa do pedreiro, mas não chegou a falar o que tinha acontecido.
g1
19/09/16