Medalhas olímpicas foram produzidas com lixo eletrônico reciclado

As medalhas das Olimpíadas de Tóquio, que começam no próximo dia 23 no Japão, foram produzidas com o uso de metais reciclados de aparelhos eletrônicos. Há partes de computadores, celulares, tablets, câmeras digitais, monitores e outros dispositivos em meio ao material utilizado na confecção.

Entre abril de 2017 e março de 2019, foram coletadas mais de 78 mil toneladas de lixo eletrônico no país-sede, somando mais de 6 milhões de aparelhos quebrados ou antigos, segundo o Comitê Olímpico Internacional (COI). Os itens para reciclagem podiam ser entregues nas lojas da NTT DoCoMo, principal operadora de telefonia móvel japonesa.

Deste material, foram extraídos 35 kg de ouro, 3,5 mil kg de prata e 2,2 mil kg de bronze, que vieram principalmente dos PCs e celulares descartados. Os metais estão presentes em partes de alguns componentes dos aparelhos, como as placas de circuito, e são removidos por meio de um processo complicado.

A reciclagem eletrônica inclui a trituração das placas, transformando-as em pó, e a separação dos metais por decantação (método usado para separar misturas heterogêneas). Em seguida, eles são derretidos e podem ganhar novos moldes para diferentes usos, como na confecção de 5 mil medalhas para os Jogos Olímpicos de Tóquio.

Composição das medalhas

Produzidas pelo designer Junichi Kawanish, vencedor de um concurso com 400 participantes, as medalhas das Olimpíadas de Tóquio têm 8,5 cm de diâmetro e uma composição variada. O modelo de ouro, mais cobiçado pelos atletas e que pesa 556g, é feito de prata reciclada e coberto com apenas 6g de ouro.

Já a medalha de prata, dada ao segundo colocado no final de cada competição, pesa 550g e é a única produzida com o próprio material, ou seja, prata pura. A medalha de bronze, que fica com o terceiro colocado, tem 450g e é composta por latão vermelho (5% de zinco e 95% de cobre).

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