O deputado federal Marx Beltrão (PSD) engrossou o coro de críticas contra os apagões registrados em Alagoas nos últimos dias. O parlamentar, que coordena a bancada alagoana no Congresso, protocolou nesta terça-feira (26) na Câmara dos Deputados requerimento de informações dirigido ao ministro de Minas e Energia, Almirante Bento Albuquerque. O requerimento exige informações do Ministério sobre as falhas no fornecimento de energia elétrica registradas em Maceió e em outras cidades alagoanas.
O documento também requer explicações sobre a atuação do novo concessionário do serviço de distribuição de energia no estado, a Equatorial Energia. A empresa venceu o certame de licitação da Eletrobras Alagoas, antiga Ceal, e já iniciou a atuação no estado. De acordo com Marx Beltrão “precisamos destas informações para corrigir problemas, identificar responsáveis e garantir que as famílias e os empresários alagoanos não serão surpreendidos com prejuízos causados por constantes quedas no fornecimento de energia elétrica”.
No requerimento, Marx Beltrão pontua que “desde a semana que começou no dia 18 de março de 2019, a capital de Alagoas, assim como cidades do interior do estado, vem sofrendo constantes interrupções no fornecimento de energia elétrica, os chamados “apagões”. Problema este que se agravou, coincidentemente, após a empresa Equatorial Energia assumir as operações da Eletrobras Alagoas. A Equatorial Energia assumiu na segunda-feira dia 18 de março de 2019 a operação da antiga Ceal. Não bastassem os apagões na capital, localidades do interior vivenciaram cenas esdrúxulas com apagões com duração superiores a 48 horas” afirma o parlamentar.
Também nesta terça-feira, a Defensoria Pública do Estado de Alagoas deve protocolar pedido de explicações destinado a Equatorial Energia. De acordo com o Defensor-Geral do Estado, Ricardo Melro, uma das metas do requerimento é conhecer quais as reais causas dos apagões em Maceió. Somente em uma semana, a capital de Alagoas registrou três apagões, com falhas no fornecimento de energia em dezenas de bairro em simultâneo. “São situações absurdas, porque uma das razões alegadas para a privatização foi a necessidade de se prestar um melhor serviço à população”, finalizou Marx Beltrão.
