Marx Beltrão vai ao Ministério da Agricultura solicitar controle na venda e proibição de uso da “vacina no cio” para cães e gatos

Presidente Nacional da Frente Parlamentar em Defesa dos Animais, coordenando um grupo de mais de 200 parlamentares federais entre senadores e deputados em busca da aprovação de medidas em defesa da causa animal, o deputado federal Marx Beltrão (PSD) realizou reunião no Ministério da Agricultura (MAPA) a fim de buscar soluções que regulem a venda e coibam o uso sem receita da chamada “vacina no cio” em cães e gatos.

Aparentemente inofensiva, a vacina em verdade contém altas taxas de hormônios que podem causar hiperplasia mamária, tumores malignos e até mesmo infecções generalizadas por todo corpo e no útero dos animais. As gatas fêmeas são as que mais sofrem com esse método, pois os sintomas se manifestam de maneira mais intensa nelas. Além disso, a vacina só inibe o cio, ela não evita que a gata tenha filhote, pois a gata ovula por meio do contato com o macho.

“Fui ao Ministério da Agricultura para tratar da venda indiscriminada e sem receita da popular “vacina do cio”, utilizada como contraceptivo para gatas e cadelas. O nosso PL 2645/21 busca proibir o uso desses medicamentos sem receita, pois estão associados a diversas doenças nesses animais. Mas também estamos trabalhando junto ao MAPA para buscar uma solução, que possa se dar através da própria regulação da pasta. Nossa luta constante é por saúde única para todos e proteção animal”, afirmou o parlamentar por meio de suas redes sociais nesta sexta-feira (26).

Marx Beltrão é autor de um projeto de lei – (PL) 2645/2021 – que proíbe a comercialização de medicamentos anticoncepcionais hormonais de uso veterinário para cadelas e gatas sem receita médico-veterinária. A proposta também estabelece que a administração em ambiente comercial destes anticoncepcionais é da competência privativa dos médicos veterinários.

“Sigo dedicado ao trabalhando em defesa da causa animal e por isso apresentei mais um Projeto de Lei, dessa vez tratando da regulamentação da venda de anticoncepcionais hormonais para gatas e cadelas, para que a compra só possa acontecer mediante receita para garantir segurança na utilização, pois o uso indiscriminado tem causado doenças graves nesses animais. Defendo o correto acompanhamento veterinário e a política da castração, pelo bem estar dos pets”, disse Marx Beltrão na ocasião da proposição do projeto de lei.

No Brasil, estes fármacos estão disponíveis nas formas de comprimidos e injetáveis (sendo esta a forma mais preocupante pela alta concentração do hormônio), atualmente vendidos sem exigência de receita médico-veterinária. Devido ao baixo custo, em média R$3,00, estes anticoncepcionais são a opção amplamente utilizada principalmente por pessoas de baixa renda, que desejam evitar as crias indesejadas de cadelas e gatas, que em sua maioria não tem condições de custear cirurgias de castração. Contudo, ingenuamente compram estes fármacos , levam para casa e utilizam em seus animais muitas vezes em momentos errados e com isso causam doenças sérias.

De acordo com os próprios fabricantes, o uso destes medicamentos podem produzir efeitos colaterais bem conhecidos em termos de doenças reprodutivas: piometras (infecção purulenta uterina), distocias (dificuldades para parir), morte fetal intrauterina, tumores de mamas e hiperplasias mamárias (doença aberrante mamária específica das gatas).

Muitas vezes as cadelas e gatas já estão prenhes e as pessoas não sabem identificar isto e a aplicam o hormônio e acabam gerando necessidade de cirurgias cesariana ou a morte da fêmea e dos fetos. Todas essas doenças exigem tratamento de alto custo financeiro, cirúrgico, intensivo e com risco de óbito, normalmente em situação de emergência.

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