Marx Beltrão diz que “política de preços da Petrobras é o grande vilão do preço absurdo dos combustíveis no Brasil”

Brasília – O novo ministro do Turismo, Marx Beltrão, discursa na solenidade de transmissão de cargo (Wilson Dias/Agência Brasil)

O deputado federal Marx Beltrão (PSD) disse nesta segunda-feira (7) que “finalmente e felizmente o presidente Bolsonaro compreendeu que a questão da política de preços da Petrobras é o grande vilão do preço absurdo dos combustíveis no Brasil”. Beltrão tem se destacado como um dos maiores críticos, entre os membros da bancada federal, do modo como a empresa petrolífera pratica seus reajustes nos valores da gasolina, do diesel, do etanol e do GNV. O deputado alagoano vem cobrando, sistematicamente, a revisão desta política tarifária.

“Venho há muito tempo defendendo que esta política seja revista. A paridade do preço dos combustíveis cobrados em Real dos brasileiros, com a cotação do Dólar Norte-Americano, é perversa. A diferença é de 1 para 5, e cada vez que o dólar sobe, a casa crise e a cada mau humor do mercado internacional, a gasolina sobe e pune os motoristas de todo o país. E mais: já falei diversas vezes que a Petrobras não pode somente atuar para dar lucro a seus acionistas. O povo tem que estar em primeiro lugar, pagando um preço justo pelos combustíveis. Do jeito que está, ninguém suporta mais”, reiterou o parlamentar.

A afirmação de Marx Beltrão faz referência ao fato de que o presidente Jair Bolsonaro criticou nesta segunda-feira a paridade no preço do petróleo e disse que o governo tem uma reunião nesta tarde para discutir medidas para a Petrobras não repassar toda a alta dos combustíveis para o consumidor. Bolsonaro deu uma entrevista para a rádio Folha, de Roraima. A paridade no preço do petróleo significa que a Petrobras paga pelo produto o preço cobrado no mercado internacional e que repassa eventuais altas para refinarias, o que faz o aumenta o preço para o consumidor final.

O Brasil já vinha enfrentando, nos últimos meses, uma forte alta nos combustíveis. Com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, a situação tende a piorar, já que a Rússia é um dos maiores produtores de petróleo do mundo. O preço do barril de petróleo do tipo Brent, referência internacional, saltou 18% e chegou a ultrapassar US$ 139 no início desta segunda, atingindo seu nível mais alto desde 2008, muito perto do recorde absoluto de US$ 147,50 de julho de 2008.

“Agora, tem uma legislação errada feita lá atrás que você tem a paridade com o preço internacional, ou seja, o que é tirado do petróleo, leva-se em conta o preço fora do Brasil, isso não pode continuar acontecendo. Estamos vendo isso aí sem mexer, sem nenhum sobressalto no mercado, e está sendo tratado hoje à tarde em mais uma reunião”, afirmou o presidente. Segundo Bolsonaro, a questão do petróleo é “grave”, mas poderá ser resolvida. O presidente disse que discutirá nesta segunda-feira alternativas, sem provocar sobressaltos no mercado, com os ministérios da Economia e de Minas e Energia e a Petrobras.

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