Magnus recebe Cascavel em 1º jogo da final da Liga Nacional de Futsal

O campeão da temporada 2021 da Liga Nacional de Futsal (LNF) começa a ser conhecido neste domingo (12). A partir das 11h (horário de Brasília), Magnus e Cascavel se enfrentam na Arena Sorocaba, no interior paulista, no jogo de ida do confronto. A TV Brasil transmite a partida ao vivo.

O duelo opõe as duas melhores campanhas gerais da competição. Atual campeão e na busca do terceiro título, sendo o segundo consecutivo, o Magnus se classificou à quinta final de LNF em oito anos de existência com dez vitórias, cinco empates, três derrotas e índice técnico (média de pontos por jogo) de 1,95. O Cascavel, que chega à decisão pela primeira vez, alcançou 13 triunfos, com quatro igualdades, três revezes e 2,15 de índice técnico.

Os paranaenses têm o mando do jogo de volta, no próximo domingo (17), novamente às 11h, no ginásio da Neva, em Cascavel (PR), também com transmissão ao vivo da TV Brasil. Se cada equipe vencer uma partida ou os encontros terminarem empatados, a Serpente Tricolor possui a vantagem do empate na prorrogação, pelo melhor desempenho na temporada.

Ambos chegam à final embalados pelos títulos estaduais. Na sexta-feira da última semana (4), o Magnus superou o Corinthians por 6 a 1 na Arena Sorocaba e conquistou o Campeonato Paulista pela quarta vez, sendo a segunda consecutiva. Na quarta-feira passada (8), por sua vez, o Cascavel fez 3 a 2 no Campo Mourão e levantou o sétimo troféu de Campeonato Paranaense na história, também repetindo o feito atingido em 2020.

Será o segundo jogo entre Magnus e Cascavel em 2021. Em 30 de julho, eles se enfrentaram pelas semifinais da Taça Brasil, em Dourados (MS). Os paulistas venceram por 4 a 1 e se classificaram à decisão, onde foram campeões derrotando o Joinville. No ano passado, o confronto foi pelas quartas de final da LNF e novamente o Cachorrão levou a melhor. Após empatar por 3 a 3 no Paraná, a equipe de Sorocaba (SP) ganhou em casa por 6 a 2 e avançou rumo ao título.

Mescla de gerações

Em meio à experiência de nomes como o goleiro Djony, o ala Danilo Baron (ambos 36 anos), o pivô Sinoê e o fixo e capitão Rodrigo (os dois 37 anos), uma nova geração vem pedindo passagem no Magnus desde a temporada passada. É o caso do pivô Alisson, de 22 anos, revelado ao lado de jogadores como o fixo Lucas Gomes e os alas Pedrinho, Ricardinho e Leozinho, todos entre 22 e 23 anos. Este último, inclusive, convocado para defender o Brasil no Mundial deste ano. O jovem quinteto é responsável por 35% dos gols da equipe paulista nesta LNF.

“Quando vim para cá, na base, o Leozinho já estava. Fizemos um 2018 muito bom, fomos campeões de tudo e invictos. Ele é um ano mais velho que eu e subiu primeiro. No outro ano, subimos eu, Zóio [Lucas Gomes], Ricardinho e Pedrinho. E estamos os cinco aqui, até hoje”, contou Alisson à Agência Brasil.

“A base é fundamental porque é mais fácil buscar [reforços] no seu quintal do que fora. O jogador já conhece o sistema. Passamos um ano [da base] treinando com o adulto. Quando subimos de vez, já estávamos preparados. Manter para esta temporada os atletas que subiram foi importante para nossa equipe”, completou o pivô, presente em 18 jogos nesta edição da LNF, com três gols marcados.

Alisson não está errado, já que o Magnus persegue o quarto troféu apenas nesta temporada. Além do Paulista e da Taça Brasil, o Cachorrão venceu a Supercopa do Brasil. A trajetória na Liga Nacional deste ano, porém, foi mais difícil que em 2020, quando a equipe se sagrou campeã de forma invicta.

“No ano passado, éramos uma novidade. Poucas pessoas conheciam nosso time e fomos crescendo. Chegou uma hora que estávamos muito avançados. Neste ano, estudaram melhor nossa equipe. Houve uma derrota para o Santo André [Intelli, por 7 a 1] na primeira fase que foi um choque de realidade”, recordou Alisson.

“Desde que subi da base, é a primeira vez que vamos decidir um mata-mata fora. Temos de fazer um bom jogo em casa para sairmos com vantagem e termos tranquilidade para levar bem a partida de volta. E se tiver prorrogação, temos de estar preparados”, concluiu o camisa 33 do Magnus.

Temporada dos sonhos

A campanha histórica do Cascavel na LNF passa necessariamente pelos pés de Roni. O camisa 7 balançou as redes 17 vezes em 19 rodadas e divide a artilharia da competição com o também pivô Dieguinho, do Joinville. Ele próprio vive um ano especial. Nas três temporadas anteriores em que esteve presente, o jogador de 29 anos marcou nove gols em 51 partidas.

“Estou colhendo os frutos de tudo que vinha trabalhando. Não que tivesse feito temporadas ruins, mas neste ano consegui despontar com minha equipe, graças também aos meus companheiros, que me ajudam diariamente. Com certeza, acredito que é o momento que estou mais perto de uma convocação [para a seleção brasileira], até porque quando se está no cenário nacional, é mais visto e tem mais oportunidades”, comemorou Roni em depoimento à Agência Brasil.

A temporada dos sonhos remete o pivô às memórias de quando iniciou na modalidade, chutando bola descalço na quadra do bairro onde cresceu, até o convite para atuar na escolinha do Clube Atlético Entre Rios (Caer), de Três Rios (RJ), cidade na qual nasceu. Antes de se profissionalizar, ainda jogou na seleção adulta do município, no futsal de Juiz de Fora (MG) e na base do Vasco.

“Uma das lembranças é do meu pai ter me visto jogar na escolinha do Caer e ter ficado muito orgulhoso. Houve uma competição que disputei pelo Caer em que, no dia anterior à viagem, meu pai faleceu. Eu não queria ir, mas a minha mãe deu muita força. Eu a agradeço muito. A gente fazia rifa para pagar a passagem do ônibus. Fomos vice-campeões daquele torneio e, a cada conquista que tenho na carreira, recordo destes momentos”, contou o jogador.

Roni integra o Cascavel desde 2019, quando a equipe foi bem reformulada em relação ao ano anterior. Na ocasião, a Serpente fez grande primeira fase, terminando na quinta posição, mas caiu nas oitavas de final para o Jaraguá (12º) e terminou a competição em nono. Na temporada passada, os paranaenses ficaram em sétimo na classificação geral, após a queda nas quartas para o Magnus.

“O trabalho do Cassiano [Klein, técnico] é de médio a longo prazo. Em 2019, acho que 95% do elenco era todo novo. Era o início do processo. Em 2020 foi um pouco melhor, a base já sabia o jogo do Cassiano. Então, acho que a permanência [do grupo] foi fundamental. A gente esperava sim [a campanha deste ano]. Batalhamos muito, desde janeiro, para estarmos no topo e conseguirmos as vitórias. E o fator casa [no duelo de volta] será extremamente importante, ainda mais com a volta da torcida”, finalizou o pivô.

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