Professora de biotecnologia da Universidade Federal de Pelotas Claudia Hartleben desapareceu sem deixar rastros há dois anos.
O desaparecimento da professora universitária Claudia Hartleben (foto) completou dois anos neste fim de semana, no Sul do estado. Aos 82 anos, a mãe da docente, Zilá, sofre com a saudade e ainda escreve cartas diariamente para a filha.
Na tarde desta segunda-feira (10), um grupo de alunos, amigos e colegas deve ser reunir na Universidade Federal de Pelotas para prestar homenagens.
Um jaleco e uma faixa devem ser pendurados no laboratório do curso de Biotecnologia, no qual ela dava aula, e que deve receber o nome de Claudia. Uma árvore também deve ser plantada no campus.
Dentro da investigação da Polícia Civil e do Ministério Público, uma pessoa deve ser ouvida nesta semana para ajudar na elucidação do desaparecimento.
Uma ossada encontrada em Rio Grande, também no Sul do estado, será analisada.
O MP chegou a denunciar o filho e o ex-marido de Cláudia por ocultação de cadáver, homicídio qualificado e feminicídio, mas a Justiça não aceitou a denúncia por entender que não havia provas suficientes contra os dois.
“Se nós encontrarmos essa prova nova, mesmo que não encontremos o corpo, nós podemos até propor alguma ação penal de novo ao Poder Judiciário, para que diga se aceita iniciar um processo penal, que é o que a gente quer”, afirma o promotor José Olavo Passos.
Enquanto isso, a mãe de Cláudia sofre com a dúvida de não saber o que pode ter acontecido com a filha. “A falta dela é uma saudade incrível”, afirma Zilá Hartleben.
“Me dói muito, eu não vivo mais, eu sobrevivo”
Nas paredes da casa de Zilá, fotos e retratos nas paredes lembram Cláudia. Aos 82 anos, a mãe segue escrevendo cartas para filha. “Estamos sofrendo muito sem a tua presença, que Deus te abençoe e te guarde”, diz dona Zilá.
g1
10/04/2017