Local onde deveria ser sede da PM, está vazio por problemas na estrutura

Nesta sexta-feira (25), uma reportagem mostrou que o Governo de Alagoas pagou o valor de R$ 97 mil por quatro meses de aluguel de um prédio onde deveria ser a nova sede do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar de Alagoas.

Mas, mesmo pagando o alto valor o comando Geral da PM, que segundo laudo da Defesa Civil Estadual pode desabar e matar os militares, nunca ocupou o local alugado. O prédio onde fica o Comando, localizado no Centro de Maceió, foi construído há cerca de 187 anos e apresenta rachaduras e infiltrações e conforme a Defesa Civil apresneta risco de incêndio e de choques elétricos.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu uma investigação para apurar as reais condições de trabalho dos policais.

Em Nota, o Governo passou a semana informando que os policiais militares lotados no Quartel do Comando Geral serão transferidos para o prédio alugado no bairro da Serraria, na parte alta da cidade.

Segundo a reportagem, o dono do imóvel recebeu desde outubro de 2018 mais de R$ 97 mil reais (R$ 97.244,11) de aluguel. O contrato foi feito no dia 21 de setembro de 2018 e não houve licitação.

“O prédio tá a disposição. Tá aí nos retoques finais. Tá faltando transformador e tá faltando a questão de instalação de tomadas, porque cada sala precisa ter 20 tomadas, não sei quantas tomadas, mas isso é serviço que se faz em uma semana ou até menos”, disse o proprietário do imóvel alugado pela PM, o advogado Gilvan Lisboa Santos.

Militares foram escalados para fazerem a segurança do futuro local que deve ser ocupado.

O vice-presidente do Conselho de Segurança Pública (Conseg), promotor de justiça Márcio Roberto Tenório, informou na sexta-feira que vai cobrar explicações dos responsáveis.

“Oficialmente não foi comunicado realmente ao Conselho de Segurança, mas como tomamos conhecimento através das reportagens e preocupados com a vida de quem tá lá no quartel geral, tanto de civis quanto de militares, nós reunimos para deliberar acerca do problema nossa decisão foi de convocar o comandante do Corpo de Bombeiros e o coordenador geral da Defesa Civil. Vamos ouvi-los e vamos ver as providências que vamos tomar a partir de então”, disse o promotor.

Em nota a assessoria da PM confirmou que o aluguel vinha sendo pago e disse que como toda área militar, o prédio precisa de vigilância. E que isso não compromete o policiamento nas ruas. Sobre a nova sede, a assessoria disse que foi o único da cidade que poderia comportar a estrutura da PM, que tem mais de 32 repartições e que a mudança está dependendo agora da instalação da internet, mas não tem data definida para isso. A assessoria não soube informar o motivo da dispensa da licitação.

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