Leonardo não vê tragédia no 7 a 1, elogia Tite e pede atenção com o momento da derrota

yAHOOTetracampeão do mundo com a Seleção Brasileira, técnico, dirigente esportivo e etc. Desde que parou de jogar futebol, Leonardo não ficou ausente do mundo da bola redonda. Sempre acompanhando de perto tudo o que acontece principalmente com a Verde-Amarela, ele analisou com cautela o momento vivido pela equipe dirigida pelo técnico Tite.

Com a classificação para a Copa do Mundo carimbada há um sentimento no povo brasileiro de que o 7 a 1 começa, enfim, a ficar para atrás. Apesar disso, o ex-lateral não enxerga a fatídica goleada sofrida diante da Alemanha na semifinal do Mundial de 2014 como algo que tenha sido tão terrível assim.

“Eu nunca vi o 7 a 1 como se o nosso futebol tivesse muito ruim porque perdemos de 7 a 1. Eu acho que o 7 a 1 foi assim, um dia que deixou muito claro a nossa fragilidade, talvez ela fosse um pouco escondida e tocou num ponto importante do futebol brasileiro que foi a autoestima, aquilo ali tocou forte na autoestima do futebol brasileiro, então com certeza existe uma reação”.

Leonardo acredita que a dolorida derrota para a Alemanha foi crucial para que o futebol brasileiro deixasse de lado um pouco o folclore e focasse em outros aspectos cada vez mais importantes no futebol.

“Hoje temos um treinador fundamentado, organizado, e tem uma imagem mais limpa em função do 7 a 1 e hoje não cabe mais aquela fanfarronada que vivíamos antigamente. O Tite é o anti-fanfarrão e acho que isso é uma coisa muito bacana para o nosso futebol porque a gente precisa disso, seriedade, informação, esquema tático. Não acho ainda que ele trouxo resto, acho que hoje tem um projeto esportivo bem fundamentado com o Tite”.

Freando a empolgação dos torcedores com as oito vitórias nos oito jogos, Leonardo fez também um alerta para o momento da derrota que mais cedo ou mais tarde ocorrerá.

“Eu sei que meu discurso é chato, porque eu sou muito crítico, ganhou oito jogos e acho que isso é um resultado histórico e acho que é merecido porque você vê um trabalho, jogadores felizes por estarem no grupo, num momento difícil o Tite trouxe tudo isso, mas o que eu falo vai um pouco além porque a derrota vai acontecer. Quando você tem uma estrutura frágil e a derrota acontece tudo sucumbi. O problema é você construir esse tipo de estrutura para agir no momento da crise. Se você se baseia só num treinador é muito frágil”.

Por fim, Leonardo defendeu a ideia de que o treinador brasileiro precisa conhecer outras escolas mas ressaltou que o Brasil não necessita aprender com ninguém.

“Não acho que seja o fato de ir, a gente não precisa aprender com a escola de ninguém. Temos 100 anos de futebol como os europeus, a gente não precisa transportar para o Brasil um conhecimento, mas você joga contra a Alemanha e você precisa saber o que ela faz, o que ela não faz, se você não fizer isso você vai achar que estamos ainda nos anos 50 onde as pessoas não conheciam o futebol, não tinha uma organização, uma preparação física onde o talento natural e através disso conseguimos construir grandes times e jogadores. Quem não quer se atualizar está fora da mesa de discussão. O que o Tite sabe hoje ele não aprendeu indo a Europa, ele adquiriu conhecimentos atuais do que está acontecendo lá”.

Yahoo

03/04/2017

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