Justiça exige fim de campanhas do ‘kit covid’ feitas pelo governo

A Justiça Federal em São Paulo determinou nesta sexta-feira (30) que o Governo Federal deve parar de promover o chamado “kit covid”. A campanha faz referência ao uso de medicamentos como ivermectina, hidroxicloroquina e a cloroquina para o tratamento da covid-19.

A decisão foi da juíza Ana Lúcia Petri Betto, que atendeu a ação pública protocolada por Luna Zarattini Brandão, candidata a vereadora pelo PT na cidade de São Paulo na última eleição. Além da proibição, Betto também determinou que os influenciadores digitais contratados pelo governo para ajudar na divulgação devem publicar mensagens desencorajando o uso do ‘kit covid’.

O governo federal explicou que nunca patrocinou campanhas publicitárias a favor do tratamento precoce. Documentos do processo, no entanto, mostram que os influenciadores foram contratados pelo valor de R$ 23 mil.

A ação movida contra a campanha argumentava que “inúmeras mortes são consequências do descaso governamental e da campanha de desinformação”. O documento ainda ressalta o esforço do governo para promover a negação do vírus, gerando uma falsa sensação de segurança da população e o abandono do isolamento social.

A União nega que tenha incentivado a população a buscar qualquer medicamento sem eficácia comprovada. Além disso, afirmou que não enxerga ilegalidade nas campanhas publicitárias divulgadas pelo governo, já que nenhuma faz “referência ao chamado ‘tratamento precoce’ ou ‘kit Covid’”.

Tratamento precoce é ineficaz

Segundo a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), os três remédios sugeridos no kit não têm eficácia na prevenção da covid-19. As entidades afirmaram, em nota, que pesquisas com diferentes medicações já estão sendo realizadas.

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