Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher debate ampliação de parcerias

Os juízes Paulo Zacarias e José Miranda, titular e auxiliar do 4º Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Maceió, estiveram reunidos, nesta segunda (26), com o reitor do Centro Universitário Tiradentes (Unit), Dario Arcanjo de Santana, com a magistrada Carolina Valões, a equipe multidisciplinar do Fórum e policiais militares que fazem parte da guarnição da Patrulha Maria da Penha para discutir a ampliação de parcerias com o Poder Judiciário.

Ainda pela manhã, o Juizado da Mulher realizou cerca de 20 audiências dos 100 processos que estão pautados para a Semana da Justiça Pela Paz em Casa, força-tarefa coordenada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O magistrado José Miranda explicou que o encontro teve como objetivo discutir tudo o que já foi feito com os parceiros e os próximos passos que serão dados.

“A gente não faz nada sozinho e o Tribunal de Justiça não tem condições de suprir tudo. Já temos vários projetos, como a Justiça Restaurativa, em que você discute as relações, contanto que cada um siga seu caminho em paz. E vamos ter agora o projeto ‘Os Filhos de Maria’, que vamos poder encaminhar os filhos das vítimas para atendimento odontológico, nutricional, psicológico e assistencial”, disse o magistrado.

O reitor Dario Arcanjo explicou que a parceria é a união de conhecimentos entre a universidade e o Poder Judiciário para trazer mais benefícios para a sociedade, além de proporcionar experiências diferenciadas na prática profissional dos alunos.

“As duas instituições têm um papel de responsabilidade social muito grande. Nós já temos o projeto Justiça Restaurativa, que trabalha a mulher que é agredida em sua residência, mas atender e orientar as pessoas que foram agredidas não é o bastante. Isso tem uma consequência muito grave com os filhos, que são vítimas de todo esse ambiente de agressividade, de discórdia. Acreditamos que esse trabalho [‘Os Filhos de Maria’] vem complementar a Justiça Restaurativa, contribuir de forma mais profunda para a harmonia, sequência da paz dentro da família na qual essas crianças e adolescentes são vítimas”, explicou o reitor

Na oportunidade, o magistrado Paulo Zacarias destacou a importância da Patrulha Maria da Penha, que começou a atuar em abril deste ano, tem fiscalizado os casos mais graves e traz uma sensação de segurança para as mulheres que se sentem ameaçadas.

“A patrulha verifica se o agressor está cumprindo as medidas e, se não estiver, a mulher vem aqui e a gente decreta a prisão preventiva do sujeito. As mulheres se sentem mais seguras. Só o fato de ir na casa dela e perguntar se ainda se sente ameaçada, se está insegura, se corre risco de vida, isso é muito importante, porque o agressor está vendo que a mulher está sendo protegida”, explicou o juiz Paulo Zacarias.

Ascom – 26/11/2018

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