Itália abole censura no cinema após 100 anos

A comissão de revisão cinematográfica havia considerado a obra “proibida a todos os públicos” por causa de suas cenas “blasfemas e sacrílegas, repletas de degradação moral”, mas os diretores conseguiram autorização na Justiça para exibi-la.

Daqui para frente, segundo Franceschini, a comissão do Ministério da Cultura vai verificar apenas a correta classificação etária dos filmes por parte de seus distribuidores. “Será uma espécie de auto-regulamentação”, explicou à ANSA Nicola Borrelli, chefe da Direção-Geral de Cinema e Audiovisual da pasta.

As produções poderão ser classificadas como para todos, maiores de seis anos, maiores de 14 anos e menores de 18 anos. Nos dois últimos casos, adolescentes de 12 e 16 anos, respectivamente, poderão assistir aos filmes no cinema se estiverem acompanhados do pai ou da mãe.

A comissão terá mandato de três anos e será formada por 49 membros, incluindo sociólogos, psicólogos, especialistas em cinema, educadores, magistrados, advogados e representantes de associações de pais.

A censura nasceu quase paralelamente à difusão do cinema na Itália, com um decreto real de 31 de maio de 1914, mas seu próprio conceito mudou ao longo dos anos, passando de um severo controle político e social, nos tempos de monarquia e fascismo, para uma revisão cinematográfica, após a instituição da República.

Os mecanismos de avaliação dos filmes também acabavam condicionando as produções, que precisavam afastar quaisquer riscos de censura para obter benefícios fiscais. (ANSA).

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