Isabela Garcia não acreditava em cenas finais de Judith

Eles se tornaram mãe e filho em “O sétimo guardião” e parece que a união dos dois fez mesmo a força. Afinal, Isabela Garcia e Cauê Campos, intérpretes de Judith e Feijão, começaram a trama bem coadjuvantes, ganharam uma importância digna de protagonistas e terminam a novela, hoje, como a assassina dos guardiães e o novo protetor-mor da fonte.

— Era uma personagem pequena, mas já dava para sentir que tinha um mistério. Acho que a empatia do público a ela, junto com os elementos que a gente, como ator, leva para a cena, causaram essa explosão, essa aceitação da Judith. Eu não esperava, mas estou muito contente — afirma a atriz, de 51 anos.

Contratada por obra após não ter o vínculo com a Globo renovado no fim de dezembro 2017, a ascensão de Isabela na trama só confirma o talento da artista, que esteve na emissora por 46 anos. Mesmo veterana, ela confessa ter ficado admirada por ter sido escolhida para ser a matadora dos protetores da fonte:

— Até chegar o último texto eu fiquei achando que poderia mudar, embora eu tivesse gravado sequências para o penúltimo capítulo confessando que tinha matado os guardiães. Como a minha última cena era a que Judith morria envenenada, eu pensei que ainda pudesse ter alguma orientação secreta com outra pessoa admitindo os assassinatos. Imaginei que fosse uma cena falsa. Até hoje (quinta-feira), eu ainda estava achando que poderia não ser eu (risos) — assume Isabela, que comemora a repercussão da governanta: — As pessoas sempre adoraram a Judith, mesmo quando ela começou a dar sinais de que estava mudando. Alguns vinham falar comigo dizendo que Judith tinha algum mistério, que sabia de alguma coisa. Esse reconhecimento do trabalho é muito legal. Nas redes sociais, alguns comentam que não queriam que ela fosse a assassina, e sim a guardiã da fonte. Cada um fala uma coisa, e eu me divirto lendo.

Com apenas 17 anos, Cauê Campos também ficou lisonjeado por crescer tanto na trama, revela o Extra.

— Sinto que o autor e a direção fizeram uma aposta em mim. Comecei num papel pequeno e levei um susto quando vi que só estava aumentando. Foi uma surpresa ver Feijão como o próximo guardião-mor. É um destaque e tanto para quem está começando na carreira, né? Foi então que percebi que a minha responsabilidade também era gigante. Não dava para fazer feio. Termino a novela com a sensação de dever cumprido — discursa.

ALTOS

Apesar dos contratempos, Marina Ruy Barbosa mostrou ser profissional e segurou a protagonista Luz com competência.

Aguinaldo Silva foi ousado em colocar um gato como personagem central da novela, e León agradou. As cenas foram sempre muito naturais. Um trabalho bem feito de direção e efeitos especiais.

Nany People foi uma grata surpresa e fez uma excelente estreia. Marcos Paulo deu graça à história com suas tiradas irônicas e ganhou mais importância ao lado de Peçanha (Felipe Hintze).

Elizabeth Savala roubou as atenções para ela com as loucuras de Mirtes. A atriz, que fez uma boa dobradinha com Vanessa Giácomo, foi bem aproveitada, e a personagem cresceu.

BAIXOS

Valentina (Lilia Cabral), vendida como a vilã-capeta-mor, foi perdendo força na trama e termina de forma bem sem graça, toda boazinha.

Gabriel, de Bruno Gagliasso, nem de longe entrará na galeria de tipos marcantes do ator. Aliás, ele e Luz não deram muita liga e formaram um casal sem torcida.

Um tanto desmedida a vingança de Olavo (Tony Ramos). A sensação é de que tiveram que arranjar um vilão odioso a toque de caixa para deixar Valentina boazinha. Ficou forçado.

O fato de Luz não ser filha de Neide (Viviane Araujo) e Murilo (Eduardo Moscovis) deixou sem sentido a ligação que a ruiva tinha com o gato Léon. Tanto carinho e proteção se justificaria se o felino, na forma humana, fosse o pai da protagonista.

17/05/2019

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