Investimento da Casal em tecnologia amplia tratamento de água

ETA Palmeira dos Índios passou por reformas e foi reinaugurada em dezembro de 2019

 

A Companhia de Saneamento de Alagoa (Casal) continua investindo em tecnologia para melhorar o abastecimento de água dos 77 municípios por ela operados. Palmeira dos Índios, terceira maior cidade do estado, é um exemplo disso, quando em dezembro de 2019 foi inaugurada a nova Estação de Tratamento de Água (ETA).

A unidade trata água aduzida da barragem Carangueja, localizada no município de Quebrangulo. A estrutura da estação está composta de equipamentos modernos que possibilitaram ampliação da oferta e melhora da qualidade da água oferecida à população palmeirense, formada por mais de 70 mil habitantes.

Atualmente o tratamento é feito de forma convencional de ciclo completo com coagulação, floculação, decantação, filtração e desinfecção. Anteriormente o processo compreendia Filtração Direta Ascendente (FDA) com capacidade de tratamento de 220m³/h. Após a reforma, a ETA passou a tratar 540m³/h.

Além disso, a nova ETA também obteve os seguintes avanços: o processo de desinfecção, antes realizado por cilindros de 900 quilos de cloro liquefeito, passou a ser realizado por meio de injeção de hipoclorito de sódio gerado no próprio local a partir do sal de cozinha. Por estar localizada no centro urbano, a mudança de tecnologia de desinfecção trouxe benefícios com a redução dos riscos potenciais de acidentes de grandes dimensões como vazamentos de gás cloro.

ETA modernizada substitui cloro liquefeito por hipoclorito de sódio, mais seguro

Para controle de qualidade foram instalados equipamentos analíticos de leitura em tempo real dos parâmetros turbidez, cloro e pH; implantação de medidor de vazão ultrassônico, com sensor, transmissor e processador de vazão; filtros com leito filtrante de dupla camada (areia + antracito), adequando-os para as taxas de trabalho necessárias, uma vez que a reforma permitiu uma ampliação da capacidade de tratamento; e implantação da Estação de Tratamento de Lodo (ETL).

Os filtros passaram de simples para duplo, enquanto o lodo é reaproveitado e a água reutilizada, atendendo totalmente à legislação ambiental. A recuperação de água de lavagem os filtros reduz os impactos ambientais e está associada à manutenção das unidades de tratamento.

A modernização da nova ETA proporcionou maior controle dos processos envolvidos no tratamento de água, garantindo a manutenção da qualidade, da segurança e o aumento da oferta de água tratada para Palmeira dos Índios e adjacências.

Entre as localidades beneficiadas está o povoado Lagoa do Caldeirão, localizado na divisa com Igaci, que passou a receber água encanada tratada após 50 anos de existência; antes o abastecimento era feito por meio de carro-pipa. Lá, a Casal construiu uma estação elevatória, instalou um reservatório e implantou 14 quilômetros de rede de distribuição, beneficiando cerca de 250 famílias.

Entusiasmados com a chegada da água, os moradores lembram das dificuldades do passado e ressaltam o momento atual.
“Antes da água chegar era difícil. Aqui muita gente chegava do trabalho à noite e tinha que pegar um balde para ir buscar água no açude para poder trazer para casa. Pelo que eu passei, hoje eu tenho certeza que um casal de filhos que eu tenho não vai passar por isso, esse sofrimento de carregar água nas costas e na cabeça como eu carreguei. E os meus netos que tenho aí também tenho certeza que vão ter essa felicidade de dizer: meu avô morreu, mas deixou água na porta para a gente usar, né?!”, disse o agricultor Cosmo Marcelino da Silva.

Quem também destacou o antes e o depois da chegada da água foi a funcionária pública Mônica Maria Barbosa: “Pessoas que chegavam de fora (visitantes) diziam: e essa água suja? E era a realidade a água do nosso consumo. Hoje eu tenho gratidão por pessoas que tomaram a frente, que lutaram para que isso acontecesse, pois foram vários anos de luta sem nenhum sucesso. E quando foi agora, graças a Deus teve parceria de prefeitura e do estado e chegou a tão desejada água”.

Já o bancário aposentado, José Dackson Pereira, disse que está com sentimento de dever cumprido. “Desde que iniciou o projeto, para a implantação desse sistema de água aqui que eu comecei acompanhar junto com algumas pessoas da comunidade. Desde o início mesmo a evolução dos trabalhos. E quando os trabalhos paravam por algum motivo, a gente chagava lá na Casal, na empresa, na prefeitura para saber o que estava acontecendo. E tudo isso foi muito prazeroso nós acompanharmos e saber que conseguimos”, enfatizou.

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