Intolerância à Lactose

Intolerância à lactose é a incapacidade parcial ou completa de digerir a lactose, o açúcar existente no leite e seus derivados. Ela ocorre quando o organismo produz em quantidade insuficiente ou não produz, uma enzima digestiva chamada lactase (responsável pela digestão da lactose) produzida no intestino delgado. Há três graus de intolerância: leve, moderada e grave e os sintomas variam de acordo com a quantidade de leite e derivados ingeridos na alimentação.

O diagnóstico da intolerância a lactose, além da avaliação clínica, pode contar com três exames específicos: teste de intolerância à lactose, teste de hidrogênio na respiração e teste de acidez nas fezes. No primeiro o paciente recebe uma dose de lactose em jejum e, depois de algumas horas, colhe amostras de sangue para medir os níveis de glicose, que permanecem inalterados nos portadores do distúrbio. O segundo considera o nível de hidrogênio eliminado na expiração depois de o paciente ter ingerido doses altas de lactose e o terceiro leva em conta a análise do nível de acidez no exame de fezes.

É importante salientar a diferença entre alergia ao leite e intolerância à lactose. A alergia é uma reação imunológica adversa às proteínas do leite, que se manifesta após a ingestão de uma porção, por menor que seja, de leite ou derivados. A mais comum é a alergia ao leite de vaca, que pode provocar alterações no intestino, na pele e no sistema respiratório (exemplo: tosse e bronquite).

A gravidade dos sintomas depende da quantidade de alimento e de quanta lactose o organismo de cada um é capaz de digerir, assim estas pessoas podem apresentar quadros de diarreia, distensão abdominal, cólicas, flatulência (excesso de gases), náuseas, entre outros.

A intolerância à lactose não é considerada doença, é uma carência do organismo que pode ser controlada com dieta e medicamentos. No início, a proposta é suspender a ingestão de leite e derivados da dieta a fim de promover o alívio dos sintomas, em seguida, esses alimentos devem ser reintroduzidos aos poucos até identificar a quantidade máxima que o organismo suporta sem manifestar sintomas adversos. Dessa maneira permite manter a oferta de cálcio na alimentação, nutriente que, junto com a vitamina D, é indispensável para a formação de massa óssea saudável. Administrar suplementos com lactase e introduzir leites e derivados com baixo teor de lactose são úteis para manter o aporte de cálcio, quando a quantidade de leite ingerido for insuficiente.

Pessoas intolerantes a lactose podem levar uma vida absolutamente normal desde que siga a dieta adequada e evite o consumo de leite e derivados além da quantidade tolerada pelo organismo, observando sempre o rótulo dos alimentos.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo