InsSciDE: Sorbonne e Unesco organizam evento sobre diplomacia científica

Pandemia, mudança climática, cibersegurança, busca pela hegemonia comercial, pobreza e tantos outros desafios globais são temas já bem mencionados nos últimos anos. Eles vêm provocando mudanças em diversos âmbitos de nossas vidas e, por isso mesmo, é visivelmente crescente o número de pesquisas envolvendo os referidos temas de forma direta ou transversal. Afinal de contas, desafios podem ser superados, certo?

Claro que não é minha intenção apresentar desafios tão complexos de forma romântica, positiva. Meu intuito é apenas mostrar que a busca de soluções para os já mencionados desafios estão permitindo o desenvolvimento de caminhos interessantes. A diplomacia é um exemplo claro deste movimento. Íntima da tradição, da política, do Estado, ela vem ligando o trabalho da Ciência, Tecnologia e Inovação às Relações Exteriores através da chamada Diplomacia Científica.

O termo foi criado em janeiro de 2010 pela Royal Society e American Association for the Advancement of Science, mas as práticas de diplomacia científica já eram utilizadas para aproximar países europeus e criar ou renovar laços entre suas comunidades científicas desde meados da segunda grande guerra. Hoje, Estados, organizações internacionais, universidades, organizações científicas e os demais atores internacionais enxergam em suas práticas um meio para gerenciar as mudanças paradigmáticas e disruptivas necessárias diante dos já mencionados desafios e, ao mesmo tempo, buscar na ciência uma fonte de poder no cenário global . 

Na Europa, a Diplomacia Científica vem sendo promovida através de alguns instrumentos como, por exemplo, EU Science Diplomacy Alliance. Trata-se de uma iniciativa colaborativa lançada por três projetos financiados pelo programa Horizons 2020, dentre os quais destaco InsSciDE.

Segundo o site oficial, InsSciDE “explora a história da diplomacia científica e oferece uma estrutura para entender suas diversas aplicações, conceitos relacionados e a dinâmica de poder subjacente. A pesquisa é conduzida em trabalhos interdisciplinares focados em temas sob a égide da ‘diplomacia científica’ – Patrimônio, Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Espaço – bem como em trabalhos transversais que destacam contribuições de academias de ciências e redes de diplomatas científicos para enfrentar os desafios globais.”

Os trabalhos foram desenvolvidos durante quatro anos por participantes de mais de 15 instituições europeias e sob a coordenação do professor Pascal Griset (Sorbonne University, CNR). Os resultados serão apresentados nos próximos dias em um evento organizado em parceria com a UNESCO, na Université Sorbonne (Paris). Sem dúvida, traremos mais informações sobre a conferência. As inscrições já estão abertas para participação presencial ou virtual. 

 

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Alyshia Gomes escreve sobre Educação Internacional, Educação Global e temas correlacionados no jornal “O Dia Alagoas” e no site “O Dia Mais”. Dúvidas, comentários e sugestões, entre em contato através do email alyshiagomes.ri@gmail.com.

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