Comparado a Trump, Bolsonaro e sua postura “ultraconservadora e reacionária” é destaque na mídia alemã. Riscos das barragens e usinas hidrelétricas para a região amazônica e “analfabetos financeiros” também são tema.
“A postura política de Bolsonaro poderia ser descrita como ultraconservadora, reacionária ou até mesmo fascista – isso não o incomodaria. Ele incita ao ódio contra gays e indígenas e minimiza o estupro e a tortura, revela o Terra.
O político de 62 anos não decepcionou seu público no Rio. ‘Se eu conseguir [chegar à Presidência], não haverá mais dinheiro para organizações não governamentais, daí esses caras vão ter que trabalhar’, disse. Ele se referia a organizações como a Anistia Internacional, que o criticam por ele defender execuções extrajudiciais pela polícia. Além disso, se ele for presidente, todo cidadão terá uma arma. E mais nenhum centímetro de terra vai virar reserva indígena.
Bolsonaro deve sua popularidade sobretudo ao bom uso que faz da internet: ele tem mais de 5 milhões de seguidores no Facebook e Twitter. O populista tem um assento no Congresso brasileiro desde 1988 e chama a atenção sobretudo por uma agressividade que, em outros países, já lhe teria rendido processos judiciais há muito tempo.
O principal motivo para o culto à sua pessoa é a impressão de muitos brasileiros de que a classe política do país é completamente corrupta. Somada a isso, há a crescente criminalidade nas ruas. Nessa situação, Bolsonaro, que também é militar da reserva, promete ordem. Ele reage com tranquilidade às críticas: ‘Vou fazer como Trump’, disse numa entrevista. ‘Vocês, a mídia, vão bater tanto em mim que nem vou precisar mais de campanha eleitoral.'”
12/07/2017