Atualmente 14 variedades de alimentos são cultivadas; Produtos são livres de agrotóxicos e trazem mais benefícios para saúde
Por não utilizarem defensivos agrícolas na plantação, os produtos colhidos são mais saudáveis e benéficos para a saúde de quem consome e para o meio ambiente. Atualmente são cultivados 14 tipos de produtos alimentares: milho, macaxeira, batata doce, cenoura, pimentão, quiabo, couve, abóbora, pepino, feijão de corda, melancia, pimenta de cheiro, vagem e abobrinha.
Além de servir como atividade terapêutica, tirando os reeducandos da ociosidade, fortalecendo a política de ressocialização e promovendo a reintegração dos internos, o trabalho com a terra traz outros benefícios para os custodiados, como a remição da pena, a garantia de uma fonte de renda e a profissionalização do interno, preparando para o mercado de trabalho após o cumprimento da pena.
Para o Estado, a economia também é sentida, já que todos os mantimentos produzidos são encaminhados para o setor de aprovisionamento do sistema prisional, e posteriormente são distribuídos entre as unidades do sistema que possuem cozinha em suas dependências.
Para a gerente de Educação, Produção e Laborterapia, Andréa Rodrigues, o trabalho com a terra tem sido benéfico para os reeducandos em diferentes esferas.
“Percebo é que para muitos reeducandos, o trabalho com a terra resgata suas origens, a terra retoma os valores familiares. Vejo na atitude deles, no cotidiano, que o contato com o sol e a terra oferece uma sensação de liberdade. Consequentemente, acredito que esta atividade “planta” nos corações daqueles homens a esperança de dias melhores”, afirmou a gestora.
Horta em números
A produção de alimentos no sistema prisional cresce a cada ano. Em 2015 foram produzidas cerca de 30 toneladas de mantimentos agrícolas, este ano, apenas no primeiro semestre já foram produzidos 27.460 kg de alimentos conforme dados a seguir: cinco mil espigas de milho; 14.523 kg de macaxeira; 11.285 kg de batata doce; 270 kg cenoura; 90 kg de pimentão; 50 kg de quiabo; 180 kg de couve; 340 kg de abóbora; 102 kg de pepino; 80 kg de feijão de corda; 330 kg de melancia; 30 kg de pimenta de cheiro; 50 kg de vagem e 80 kg de abobrinha.
Mayara Wasty – Agência Alagoas.