HM cria pranchetas interativas para diminuir ansiedade dos pacientes com Covid-19

Foto: Reprodução

Na tentativa de ajudar a diminuir a ansiedade dos pacientes nos leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o Serviço de Psicologia do Hospital da Mulher (HM), localizado no bairro Poço, em Maceió, criou pranchetas lúdicas. O propósito é trabalhar jogos de pinturas e caça-palavras com os doentes que estão em tratamento para a recuperação da Covid-19, e, desse modo, otimizar o tempo de internação na unidade hospitalar.

De acordo com Emanuela Ferro, coordenadora do Serviço de Psicologia do HM, por detrás de cada atividade lúdica, existe um embasamento científico para que a equipe possa utilizar os recursos da melhor forma possível com os pacientes. “A ociosidade aumenta o nível de ansiedade e, com isso, atrapalha na recuperação dos doentes internados nos leitos clínicos e de UTI”, explicou.

Ainda de acordo com a psicóloga, a reação dos pacientes tem sido positiva, até porque, as pranchetas lúdicas, têm funcionado como alternativas ao uso do telefone celular, proibido no período de internação. “Eles falam o tempo todo em gratidão, da maneira com a qual estão sendo assistidos pela equipe multidisciplinar. Apesar de a gente estar num ambiente hospitalar, onde há muitos doentes, o Serviço de Psicologia tenta ao máximo trabalhar o paciente em seu universo único. Cada um tem o seu jeito de agir, de pensar, de se expressar. Por isso, usamos o que eles gostam de fazer, porque um gosta de pintar, o outro não. Já um prefere se distrair com o caça-palavras, enquanto o outro não tem tanta habilidade. Então, a partir do momento em que é estabelecido o contato do paciente com o profissional, ele vai externando isso à equipe, para que sejam observadas as suas necessidades e seus gostos”, disse.

Emanuela Ferro destacou que há pacientes mais reservados e, em razão disso, a equipe tenta correspondê-los, justamente aceitando suas individualidades. “Nem sempre o que é colocado ao paciente é recebido de maneira imediata. E, caso ele não se sinta confortável, nós, profissionais, temos o discernimento em perceber que podemos ir até certo ponto. Desse modo, as pranchetas lúdicas não são utilizadas em todos os pacientes”, frisou.

De acordo com o paciente Luciano Jorge da Silva, de 54 anos, essas atividades lúdicas ajudam a fazer o tempo passar e não ficar focado apenas na doença, que amedronta, diante de tantas mortes. “Essa atividade faz com que a equipe vá para outro mundo, por meio da imaginação e, assim, consigo sair um pouco desse momento aqui”, relatou.

Após serem manuseadas pelos pacientes, as pranchetas e as canetas são recolhidas e, posteriormente, higienizadas pelo Serviço de Psicologia do HM, com o propósito de se evitar a contaminação cruzada.

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