HGE conta com ambulatório para cuidado a vítimas de queimaduras

O servente de pedreiro, Denilson de Almeida, de 23 anos, morador do município de Viçosa, sofreu um acidente de trabalho, em agosto de 2020, ao realizar suas funções profissionais, em cima de uma laje residencial. Um fio de alta tensão o atingiu e ele foi arremessado e teve queimaduras de 2º e 3º graus na cabeça e corpo.

Denilson recebeu atendimento emergencial no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Geral do Estado (HGE), chegou a ficar 72 dias internado, passou por três procedimentos cirúrgicos, entre os de emergência e os eletivos, com a cirurgia plástica. Atualmente, é acompanhado de forma ambulatorial, tem consulta uma vez por mês na unidade hospitalar e, aguarda, a evolução do seu organismo para a realização da última cirurgia plástica.

Referência no atendimento a vítimas com queimaduras, o Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do HGE, único habilitado pelo Ministério da Saúde (MS), em Alagoas, para este fim, também acompanha a recuperação dos seus pacientes através da assistência ambulatorial. O serviço também dispõe da assistência em urgência e emergência a vítimas de queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus.

“Os queimados recebem atendimento inicial na emergência da unidade hospitalar, sendo encaminhadas ao CTQ em seguida, para o tratamento específico. A partir daí, conduzimos todo o tratamento, com a realização de procedimentos cirúrgicos quando necessário. O CTQ tem como enfoque o cuidado com o paciente agudo e recebe pacientes de diversas localidades, cidades e municípios. Depois de terminado o período de internação, com a melhora clínica do paciente, os que necessitam de acompanhamento e, possíveis cirurgias plásticas posteriores, são encaminhados ao ambulatório”, explicou a enfermeira Verônica Costa.

Ela ressalta que no ambulatório são recebidos os pacientes que ficaram internados no CTQ e tiveram condições de alta hospitalar, mas, ainda necessitam continuar fazendo curativo ou serem observados. “Também atendemos aqueles pacientes que, devido ao tipo de queimaduras, não necessitam da internação”, acrescentou.

Foto: Reprodução

Esse foi o caso do eletricista e soldador Cícero Lima, de 52 anos, que se queimou em um acidente de trabalho, assim como Denilson. Trabalhando em um prédio, ele sofreu um choque elétrico, mas, suas queimaduras de 2º grau não o levaram à internação, só ao acompanhamento dos curativos. “Todos os dias passo por aqui, eles avaliam, limpam e trocam o curativo. Dói, mas, sei que é necessário para a total recuperação”, destacou.

O ambulatório funciona de domingo a domingo, todas as tardes, e possui uma sala de atendimento e outra para retirada dos curativos, conforme informou a médica Edigleide Soares Castro. “O tratamento das vítimas com queimaduras requer trabalho interdisciplinar, envolvendo diversos profissionais da área de saúde, como enfermeiros, pediatras, clínicos, cirurgião plástico, anestesista, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais e maqueiros. Tal interação multiprofissional permite cuidado integral ao paciente”, enfatizou.

A estrutura física do CTQ do HGE inclui 16 leitos, sendo cinco infantis, quatro destinados a mulheres, seis a homens e um para precaução de contato. Ainda contem no ambiente, uma sala de balneoterapia, uma de curativo, uma sala cirúrgica, um posto de enfermagem e um ambulatório. No ambulatório existe o acompanhamento médico, com o clínico, pediatra, quando criança, e o cirurgião plástico. Os curativos são realizados pela equipe de enfermagem.

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