HGE apoia causa de doação de órgãos com promoção de ações de conscientização

O Hospital Geral do Estado (HGE) é um dos grandes parceiros da Central de Transplantes de Alagoas, que é responsável por desenvolver ações de conscientização e sensibilização sobre a importância da doação de órgãos. O resultado dessa parceria é a formação de uma equipe de trabalho mais esclarecida para o enfrentamento da situação dolorosa de perda, a qual pode ser convertida em esperança para milhares de pessoas.

De acordo com o balanço de novembro da Central de Transplantes de Alagoas, 363 pessoas aguardam por córneas, 117 por rim, três por fígado e duas por coração. São 485 vidas aguardando a conscientização e o respeito ao desejo do doador. Um número significativo, principalmente quando se leva em consideração que cada vida interfere no emocional de amigos, familiares, profissionais da saúde e outros indivíduos empáticos.

“Quem vive a tensão da espera por um órgão sabe bem o quanto é importante à doação. O nosso empenho também é para salvar vidas de pessoas que ainda podem recuperar as suas rotinas, correr atrás de seus sonhos. Compreendemos e respeitamos quem não se identifica com a ideia de se declarar doador de órgãos, mas acreditamos que o benefício é imensurável”, afirmou a coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos.

Como novo propósito para auxiliar a atuação da Organização de Procura por Órgãos (OPO), a gerência da maior unidade hospitalar de Alagoas aceitou o desafio de, em 2022, acalorar as discussões sobre o assunto. Como ponto de partida, uma equipe de profissionais multidisciplinares percorrerão setores, assistenciais e administrativos, para dialogar sobre o assunto, esclarecendo dúvidas e trazendo mais informações.

“A iniciativa é para educar, orientar, explicar, esclarecer, informar, conscientizar. Esse esforço é válido, pois está inclusa na missão do HGE de salvar vidas, sem olhar a identidade. Se existem ruídos, conflitos, dificuldades e achismos equivocados, então vamos enfrentá-los. O nosso corpo técnico é muito vasto, qualificado e pode ser um grande parceiro nesta causa. Já é, mas é sempre bom renovar”, pontuou o gerente do HGE, Paulo Teixeira.

As visitas ocorrerão de forma programada, estratégica, ao longo do primeiro semestre do ano que vem. Para a coordenadora da OPO, Eleonora Carvalho, o espaço é uma oportunidade para conversar sobre o assunto, respeitando posicionamentos . “O que importa mesmo é que todos estejam conscientes das consequências de ser ou não ser um doador”, disse.

A doação de órgãos ou de tecidos é um ato que só pode ser conduzido após a manifestação de querer ajudar a salvar outras vidas. A Lei nº 9.434/2007, regulamentada pelo Decreto nº 9.175/2017, dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento. A doação pode ser de órgãos (rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão) ou de tecidos (córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de cordão umbilical).

“Vale lembrar que nem sempre a doação pode acontecer em razão da morte encefálica. A doação de rim, parte do fígado, parte do pulmão ou da medula óssea, por exemplo, pode ser feita em vida. E a morte encefálica só é diagnosticada após a conclusão de todos os protocolos, cujo resultado aponta a inexistência de atividade cerebral”, acrescentou Daniela Ramos.

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