Hemoal assegura assistência integral a alagoanos com doença falciforme

Ainda pouco conhecida, a Doença Falciforme – cujo Dia Nacional de Conscientização ocorreu nessa terça-feira (27), se caracterizada por uma alteração nos glóbulos vermelhos do sangue, que assumem formato de foice, dificultando a passagem do oxigênio para o cérebro, pulmões, rins e outros órgãos. Hereditária, genética e sem cura, a patologia já foi diagnosticada em 670 alagoanos, que recebem assistência multidisciplinar no Hemocentro de Alagoas (Hemoal), o que possibilita aos portadores levar uma vida ativa e produtiva.

Os portadores da Doença Falciforme que residem na I Macrorregião de Saúde, formada pela capital alagoana e por 55 municípios da região metropolitana, dos Litorais Norte e Sul, Vale do Paraíba e Zona da Mata, são consultados periodicamente por hematologistas no Hemoal Maceió, localizado no bairro Trapiche, além de receberem o acompanhamento dos profissionais de enfermagem, assistentes sociais, psicólogos, odontólogos, nutricionistas, bioquímicos, farmacêuticos e fisioterapeutas. Já os acometidos pela doença e que moradores da II Macrorregião de Saúde, composta por 46 municípios do Agreste, Sertão e Baixo São Francisco, são atendidos no Hemoal Arapiraca, que funciona no Laboratório Municipal, no bairro Centro.

Com o acompanhamento multidisciplinar e a prescrição de medicamentos distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), como a Hidroxiuréia, que aumenta a hemoglobina e diminui o número de crises, os acometidos pela doença passam a ter mais qualidade de vida, segundo destaca a hematologista do Hemoal, Verônica Guedes. “A Doença Falciforme causa uma anemia severa e, durante as crises, ocorrem fortes dores pelo corpo, principalmente quando o portador teve episódios de febre, infecção, desidratação ou praticou exercício físicos intensamente, está passando por problemas emocionais e se expôs ao frio intenso”, salienta.

A hematologista do Hemoal ressalta, entretanto, que sendo acompanhado, seguindo as orientações da equipe multidisciplinar e tomando a medicação prescrita, o doente falciforme pode levar uma vida normal. Entretanto, é necessário que o diagnóstico seja precoce, para que o tratamento seja iniciado ainda nos primeiros meses de vida e o paciente não sofra os sintomas ou venha a desenvolver sequelas graves, decorrentes, por exemplo, do AVC [Acidente Vascular Cerebral], que é muito comum entre os portadores da Doença Falciforme”, evidencia.

Diagnóstico – Verônica Guedes diz que o diagnóstico é realizado pelo SUS, por meio do Teste do Pezinho, disponibilizado nos 102 municípios alagoanos, por meio do Programa de Triagem Neonatal. “Caso a Doença Falciforme seja diagnosticada neste exame, o bebê é encaminhado para o Hemoal, onde passa a tomar um antibiótico como profilaxia de infecção grave até os 5 anos, além de receber um esquema especial de vacinação e exames de Doppler Transcraniano até os 16 anos de vida, com o intuito de avaliar o risco de ter AVC”, explica a hematologista do Hemoal, ressaltando que, caso exista a probabilidade de o paciente sofrer um derrame, ele passa a fazer troca do sangue mensalmente.

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