Greve dos jornalistas segue sem acordo

Oito dias: esse é o tempo que perdura a greve dos jornalistas em Alagoas na luta contra a redução do piso salarial da categoria em 40%, propostas pelas principais empresas de comunicação do estado. Até o momento não houve acordo entre as partes, uma vez que as empresas se negam a aceitar a proposta do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal).

Para falar sobre a duração das manifestações, o Cada Minuto ouviu o presidente do sindicato dos jornalistas, Izaías Barbosa, que fez um balanço sobre as manifestações que vem sendo feita nas portas da TV Gazeta, TV Pajuçara e TV Ponta Verde.

Ele conta que, durante esse período de greve, a categoria tem se mostrado firme e consciente do que deseja, e que houve várias tentativas de negociações com as empresas, mas que não houve acordo. Disse ainda que buscaram intermediações para uma resolução, mas sem sucesso.

“A gente quer resolver, mas os patrões demonstraram que eles não querem, não tem interesse em negociar. Agora a gente vive a expectativa de que seja marcada a data do julgamento do dissídio, para que a gente possa resolver esse problema o mais rápido possível, porque a gente quer trabalhar”, disse Izaías.

Sobre o julgamento do dissídio, o representante do sindicato disse não haver uma data específica para que ocorra, e que aguardam um parecer do Ministério Público do Trabalho de Alagoas (MPT-AL). “Ele pode ser entregue hoje, e como a categoria está em greve, a justiça tem essa prerrogativa de marcar uma data extraordinária para o julgamento. Então ela pode ser marcada até hoje para amanhã, mas até agora não fomos notificados. Por isso não digo com certeza que será amanhã”, afirmou Izaías.

Por fim, o presidente do Sindjornal diz acreditar que um acordo com as empresas, pois além da categoria está pressionando os patrões, existe uma pressão, segundo ele, por parte dos patrocinadores. “Eu acredito que a gente pode sim, chegar (a um acordo). As empresas estão sendo pressionadas também pelos patrocinadores. Porque quando você vai comprar um comercial, você compra um espaço num determinado programa, você faz (o acordo) com aquele determinado apresentador. A partir do momento em que não está com a mesma qualidade a tendência é você reclamar”, afirmou.

“Então eles devem está recebendo pressão dos patrocinadores de cada programa. O melhor para eles é que chegue a um acordo, que negociem, senão eles vão começar a perder muito. Já estamos com uma semana. Eu não sei se o patrocinador vai aguentar ainda muito tempo pagando por uma coisa e está tendo outra como retorno”, finalizou Izaías.

02/07/2019

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo