Governo Bolsonaro repassa parte dos recursos em atraso e Ufal começa a pagar bolsas estudantis

O reitor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Josealdo Tonholo, informou à comunidade acadêmica na tarde desta quarta-feira (31) a notícia que cerca de 4 mil estudantes da Ufal tanto aguardavam.

Diante de um atraso considerável, o governo federal liberou nesta quarta no final da tarde uma parcela dos recursos destinados ao pagamento das bolsas de assistência estudantil e de outras modalidades da instituição.

Com os recursos – mesmo que parcialmente – em caixa, a gestão da Ufal já está adotando todos os trâmites para realizar o mais rápido possível o pagamento de parte das bolsas em atraso devido ao não repasse dos recursos pelo governo federal.

“Estamos fazendo um esforço concentrado na reitoria para fazer estes pagamentos. Toda equipe está mobilizada e só sairemos hoje do gabinete após estes processos de pagamento urgente serem concluídos. Parte dos recursos da Política Nacional de Assistência Estudantil chegou na conta da Ufal no final da tarde desta quarta, por volta de 16 horas. Estávamos, todos da gestão, muito angustiados com esta situação, pedindo apoio da bancada federal, sensibilizando o Ministério da Educação, da Economia, enfim, os organismos superiores para termos este repasse. E, principalmente, nossos estudantes estão mais que angustiados, estão sendo severamente prejudicados por esta falta de recursos. Nossos estudantes não podem passar por esta situação e muitos enfrentam várias dificuldades financeiras. As bolsas e a Assistência Estudantil são direitos de nossos estudantes e um dos pilares de nossa gestão na Ufal”, afirmou Tonholo.

A expectativa é de que os pagamentos já estejam na conta dos estudantes vinculados à Pró-Reitoria Estudantil da Ufal já neste dia 1º, ou, no mais tardar, até a próxima segunda-feira, devido ao feriado da Semana Santa. Bolsistas vinculados a outras Pró-Reitorias também deverão receber parte de suas bolsas em atraso.

No total, a Ufal recebeu no final da tarde desta quarta-feira um repasse de R$ 2,6 milhões provenientes do Ministério da Educação (MEC) para o pagamento de bolsas. “Vamos continuar ressaltando a importância de termos educação superior pública, gratuita e com qualidade em nosso estado. E continuar lutando pela assistência a nossos estudantes”.

O cenário para a Ufal em 2021 é preocupante do ponto de vista financeiro. O governo Bolsonaro não está repassando os recursos devidos à Universidade, a Lei Orçamentária Anual (LOA) da União foi aprovada pelo Congresso, mais não foi sancionada pelo Planalto, e o corte no orçamento da Universidade foi profundo.

Além disso, a Ufal está recebendo somente cerca de 30% dos recursos a que têm direito, sendo obrigada a suspender pagamentos de contratos e de bolsas por falta de repasses financeiros da União. “A situação é difícil, mas não baixaremos a guarda e continuaremos lutando”, concluiu Tonholo.

O corte orçamentário da Ufal na LOA de 2021 foi de aproximadamente R$ 42 milhões somente em custeio, recursos estes que são usados para pagamento de bolsas e de contratos como os de telefonia, energia elétrica, limpeza, segurança e fornecimento de água. No geral, as universidades federais de todo o país perderam mais de R$ 1,2 bilhão em recursos previstos para o ano.

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