Nos últimos 3 anos, o valor do gás de cozinha já aumentou 24%. No começo de maio, o ministro Paulo Guedes prometeu reduzir pela metade o preço do botijão ao consumidor final. Entretanto, no começo deste mesmo mês a Petrobras elevou em média em 3,4% os preços do gás liquefeito de petróleo (GLP) de uso residencial, o gás de cozinha, para uma média nacional de R$ 26,20 o botijão de 13 quilos.
Na terça-feira o deputado federal Marx Beltrão (PSD), coordenador da bancada alagoana no Congresso, fez um pronunciamento cobrando do governo a redução do preço do gás em todo o país. E mais: Marx protocolou requerimento na Câmara destinado ao ministro da Economia, Paulo Guedes, cobrando explicações sobre qual política o ministro pretende adotar para reduzir em 50% o preço do botijão.
Beltrão também criticou o fato de ter crescido o número de brasileiros que estão sendo obrigados a cozinhar com lenha e carvão diante do valor exorbitante do GLP. “O Brasil não pode regredir. O aumento do preço do gás só penaliza a classe trabalhadora. Em pleno século XXI, haver famílias usando lenha e carvão para cozinhar, em especial nos centros urbanos em virtude do abusivo preço do gás, é aviltante e vergonhoso” afirmou Marx.
Lenha e carvão
Aumentou de 11 milhões para 14 milhões o total de famílias brasileiras que passaram a usar lenha ou carvão para cozinhar nos últimos dois anos, segundo dados da Pnad Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A crise econômica prolongada, o aumento do desemprego e a alta do preço do botijão de gás mostram que é impossível negar que o aumento do número de famílias que não conseguem mais usar o gás de cozinha (GLP) está relacionada a falta de dinheiro para comprar um botijão, seja porque estão com os salários defasados ou porque estão desempregados ou fazendo bicos para sobreviver.
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