Gangue usa granada em assaltos a ônibus

Por volta volta das 19h do último dia 5, PMs do 22º BPM (Maré) que faziam patrulhamento na Av. Brasil na altura da Penha foram abordados por um grupo de cerca de 25 pessoas que andava pela calçada da via. O grupo acabara de ser assaltado dentro de um ônibus da Linha 108C (Estácio/Caxias). Os agentes se surpreenderam com o relato das vítimas: ao anunciarem o assalto, os dois bandidos mostraram uma granada e disseram que, se alguém reagisse, todos morriam. Meia hora depois, dois adolescentes, um de 17 e outro de 15 anos, foram apreendidos não muito longe dali. Com eles, os PMs apreenderam 25 celulares, cinco relógios e uma granada.

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Segundo investigações da 21ª DP (Bonsucesso), os dois adolescentes fazem parte de uma quadrilha que é uma das responsáveis pela explosão no número de roubos a coletivos na região do 22º BPM: enquanto, em março do ano passado, foram registrados 25 crimes, no último mês de março, a quantidade de registros pulou para 54. Ainda fazem parte da “gangue das granadas” quatro integrantes, ainda não identificados.

— São dois grupos diferentes e organizados que agem, sobretudo, na região onde a Avenida Brasil e a Linha Amarela se cruzam: um usa granadas, outro armas de fogo. Sem contar com os roubos com faca em ônibus, que também aumentaram — afirma Wellington Vieira, delegado titular da distrital.

O EXTRA teve acesso, com exclusividade, a vídeos (confira acima) que fazem parte de inquéritos da distrital. Nas imagens, é possível ver a ação de bandidos que agem exclusivamente entre as passarelas 6 e 8 da Avenida Brasil. Numa das filmagens, gravada no dia 19 de janeiro, um homem de boné saca um revólver, anuncia o assalto e chega a apontar a arma para várias pessoas enquanto outro, de casaco, recolhe celulares e até obriga os passageiros a passar as senhas de acesso aos aparelhos.

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Em outra gravação, de outubro do ano passado, dois bandidos pagam a passagem, entram no ônibus lotado e sentam. Minutos depois, anunciam o assalto, ao lado de uma mulher sentada com uma criança no colo.

— É importante que a população, se reconhecer os bandidos, venha à delegacia. Essas pessoas não podem continuar nas ruas — afirma Wellington.

EXTRA

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