Foto de deputada do RS amamentando viraliza na web

Manuela D’Ávila é conhecida por levar a filha Laura para sessões da Câmara. Imagens foram repilicadas em países como Nigéria, Japão e Índia

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Imagens da deputada Manuela D’Ávila (PcdoB) amamentando a filha Laura, de 11 anos, no meio de uma sessão da Assembleia da Comissão de Direitos Humanos têm se espalhado pela internet. Numa publicação desta quarta-feira (27) no Facebook, a parlamentar analisa do motivos para que a imagem tenha chegado a países como Índia, Japão e Nigéria.

No texto, Manuela afirma que o ato de levar a filha às sessões é um gesto “natural e espontâneo” que, no entanto, contradiz a ideia da política como espaço masculino. Nos comentários, internautas apoiaram a atitude da deputada e ressaltaram a importância da amamentação.
Por que minha foto correu o mundo? Comecei a receber dezenas e depois centenas de notificações de compartilhamentos e citações de minha foto, amamentando a pequena Laura - que hoje completa 11 meses! - na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia. Sites da América Latina, Europa, Índia, Japão, Nigéria.... Fiquei reflexiva sobre os porquês dessa foto chamar tanta atenção. Laura frequenta meu trabalho quando se faz necessário. Ela foi amamentada exclusivamente até os seis meses e eu tive quatro de licença. Ela segue mamando no peito - embora já se alimente - e é cuidada por mim e por meu marido. Quando está na Assembleia, via de regra, a amamento ou no gabinete ou no banheiro. Busco um local em que ela se sinta acolhida. Aquele dia, porém, a comissão começou a se estender por pautas trazidas por mim. Ela mamou ali. E dormiu. todas as mulheres que são mães e amamentam ou amamentaram sabem que esse gesto é natural e espontâneo! Porém, um dos fotógrafos da Assembleia (eles não creditam as fotos) teve a felicidade de bater a foto. O que chama atenção na foto em minha opinião? Mulheres em espaço de poder, crianças em espaços de poder, vida em espaços de poder. A política é masculina e machista, a política não tem espaço para as mulheres, a política não tem espaço para o que nos diferencia dos homens, a política não tem espaço para a ingenuidade e para a alegria das crianças, não tem espaço para a naturalidade com que conciliamos nosso trabalho e nossas lutas com nossos bebês. Levar Laura comigo tornou-se, sem que eu percebesse, uma forma de resistir a política que desumaniza. Recebi, também, críticas. deveria eu optar entre ocupar meu espaço e criar minha filha da forma que acredito (e que a organização mundial da saúde recomenda) amamentando-a? Eu deixei de concorrer a prefeita de Porto Alegre, numa eleição em que liderava todos os cenários, por julgar que nos primeiros anos minha dedicação à Laura deve ser ainda maior. Não deixei, porém, de ser militante e de lutar para transformar o mundo. sinto, aliás, ainda mais convicção da necessidade dessa transformação após o nascimento dela. Não quero que ela viva num mundo em que ministros fazem piadas machistas, em que políticos acham que levar o filho na escola é "notícia". Quero que ela viva num mundo em que uma mãe amamentar um filho não surpreenda. Para isso, a política precisa ser espaço de humanização e transformação. ❤️
Por que minha foto correu o mundo?
Comecei a receber dezenas e depois centenas de notificações de compartilhamentos e citações de minha foto, amamentando a pequena Laura – que hoje completa 11 meses! – na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia. Sites da América Latina, Europa, Índia, Japão, Nigéria…. Fiquei reflexiva sobre os porquês dessa foto chamar tanta atenção.
Laura frequenta meu trabalho quando se faz necessário. Ela foi amamentada exclusivamente até os seis meses e eu tive quatro de licença. Ela segue mamando no peito – embora já se alimente – e é cuidada por mim e por meu marido. Quando está na Assembleia, via de regra, a amamento ou no gabinete ou no banheiro. Busco um local em que ela se sinta acolhida. Aquele dia, porém, a comissão começou a se estender por pautas trazidas por mim. Ela mamou ali. E dormiu. todas as mulheres que são mães e amamentam ou amamentaram sabem que esse gesto é natural e espontâneo! Porém, um dos fotógrafos da Assembleia (eles não creditam as fotos) teve a felicidade de bater a foto.
O que chama atenção na foto em minha opinião? Mulheres em espaço de poder, crianças em espaços de poder, vida em espaços de poder. A política é masculina e machista, a política não tem espaço para as mulheres, a política não tem espaço para o que nos diferencia dos homens, a política não tem espaço para a ingenuidade e para a alegria das crianças, não tem espaço para a naturalidade com que conciliamos nosso trabalho e nossas lutas com nossos bebês. Levar Laura comigo tornou-se, sem que eu percebesse, uma forma de resistir a política que desumaniza.
Recebi, também, críticas. deveria eu optar entre ocupar meu espaço e criar minha filha da forma que acredito (e que a organização mundial da saúde recomenda) amamentando-a? Eu deixei de concorrer a prefeita de Porto Alegre, numa eleição em que liderava todos os cenários, por julgar que nos primeiros anos minha dedicação à Laura deve ser ainda maior. Não deixei, porém, de ser militante e de lutar para transformar o mundo. sinto, aliás, ainda mais convicção da necessidade dessa transformação após o nascimento dela. Não quero que ela viva num mundo em que ministros fazem piadas machistas, em que políticos acham que levar o filho na escola é “notícia”. Quero que ela viva num mundo em que uma mãe amamentar um filho não surpreenda. Para isso, a política precisa ser espaço de humanização e transformação. ❤️

noticiasaominuto.com.br

27/07/16

 

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