Familiares de James Brown querem nova investigação sobre morte do cantor

Passada mais que uma década da morte de James Brown por causas naturais, onze pessoas pediram uma nova investigação policial sobre o óbito, incluindo LaRhonda Pettit, uma das filhas da lenda do soul, segundo a CNN. Em uma série de reportagens, o canal também levantou a hipótese de que o cantor tenha sido assassinado. A rede de televisão entrevistou cerca de 140 pessoas, incluindo o médico legista Marvin Crawford, que assinou o atestado da morte do cantor, por parada cardíaca na manhã de Natal de 2006, quando Brown tinha 73 anos.

O médico declarou que estranhou na época a rápida deterioração do cadáver do músico, e que nunca acreditou que o paciente morrera de causas naturais. Ele contou ainda que nas horas que se seguiram à morte de Brown, recomendou uma autópsia. Mas Yamma Brown, outra filha, desautorizou o procedimento. Questionada sobre essa decisão pela CNN, ela não ofereceu uma explicação. A apuração também recuperou testes forenses e mensagens de texto para sustentar a série jornalística, que, de tão longa, foi dividida em três episódios e intitulada The Circus Singer and the Gothfather of Soul.

A investigação teve início em 2017 a partir de denúncia de Jacque Hollander, a circense do título e principal fonte da matéria assinada por Thomas Lake. Ela procurou a emissora munida de documentos que levantam a suspeita desse e também do assassinato da terceira mulher do cantor, Adrienne Lois Brown, morta em 1996, aos 46 anos, enquanto se recuperava de uma cirurgia plástica, revela o MSN.

Em 2017, um policial que investigou a morte de Adrienne mostrou à CNN um caderno entregue a ele por uma fonte anônima. Nas anotações, a fonte afirma que um médico chegou a confessar que tinha assassinado Adrienne com uma dose fatal de drogas. O canal de TV encontrou e entrevistou o médico, que negou a acusação.

Hollander trabalhou com Brown nos anos 1980. Ela contou à CNN ter sido estuprada por ele em 1988 e, embora não tenha denunciado na época, passou a reunir evidências do comportamento do pop star. Com isso, ela acabou por reunir peças que levam a crer que Brown e sua terceira mulher tenham sido assassinados. Ainda na reportagem, Lake afirma que a coleção de evidências reunidas e guardadas pela artista é a mais completa com que já se deparou em uma investigação em dezoito anos de carreira. “Ela é praticamente uma colecionadora. Tem mais de uma dúzia de caixas de papeis, fotografias, fitas de áudio, fitas de vídeo e outros artefatos relevantes”, escreveu o repórter.

07/02/2019

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo