Estudantes fazem passeata em prol da preservação do Riacho do Silva

Alunos da Escola Estadual Alberto Torres, situada em Bebedouro, tiveram uma manhã diferente nesta terça-feira (8). Eles percorreram as principais ruas do bairro, saindo da Praça Lucena Maranhão até o Flexal de Baixo, para conscientizar a população acerca  da importância da preservação de um dos mais importantes mananciais do bairro, o Riacho do Silva. O evento contou também com a participação da banda fanfarra da Escola Estadual Bom Conselho.

O projeto nasceu a partir de uma ação desenvolvida por Geane Magalhães, mestranda da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e que foi imediatamente abraçada pela unidade de ensino, que selecionou 40 alunos para o projeto. Ao todo, 15 ruas ao redor do riacho foram escolhidas para que houvesse uma conscientização sobre a interferência do mesmo no cotidiano dos alunos.

O projeto foi realizado em quatro meses e dividido em quatro etapas. No primeiro momento foi feita uma visitação à nascente do rio, enquanto que, na fase seguinte firmou-se uma parceria com o Instituto do Meio Ambiente (IMA) e a Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma) para uma discussão da problemática.

O terceiro momento do projeto foi voltado à intervenção dentro da sala de aula, com trabalhos interdisciplinares de Geografia, Inglês e História da Arte. A finalização se deu com a produção de história em quadrinhos, desenvolvida pelos próprios alunos para levar a informação aos colegas.

“A proposta do projeto foi sensibilizar toda a comunidade a cuidar do riacho. A partir do projeto, eles perceberam a importância do mesmo e como a sua despoluição vai favorecer seus filhos, netos e bisnetos”, relata Geane.

Todos juntos

Os professores da Escola Alberto Torres tiveram uma participação intensa no projeto, cada um associando a temática do riacho à sua disciplina. O professor de Geografia, Flávio Lucena, realizou um passeio ao parque municipal para pesquisar sobre a nascente do rio; já a professora de Língua Inglesa, Humberta Peixoto, promoveu tradução de textos sobre o manancial com seus alunos. Em História da Arte e Língua Portuguesa, os estudantes produziram maquetes e histórias em quadrinhos a partir dos relatos dos pescadores.

“O projeto foi muito bem aceito, porque a grande maioria dos alunos mora na comunidade, conhece o Riacho do Silva e passou a ter outro olhar. Eles percebem que malefícios a poluição traz àquele manancial”, pontua a diretora adjunta Geane Castro.

Consciência

Os alunos se comprometeram em levar o projeto para além dos muros da escola, envolvendo as comunidades onde residem neste processo de conscientização.

Para a estudante Emily Naiara, as pessoas precisam de uma nova postura em relação ao meio-ambiente. “Estou fazendo a minha parte e tentando ajudar. Se cada um fizer a sua parte e não poluir, o riacho vai se recuperar”, diz Emily.

O estudante Kauã Alves conta que sua visão acerca do riacho mudou depois do projeto. “Vi pessoas jogando dejetos no riacho e, para que ele volte a ser limpo, isso precisa parar”, frisa o garoto.

Ascom – 08/05/2018

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