Estado pode pedir ajuda ao Exército para vacinação

Secretário de Saúde diz que população fluminense só deverá estar totalmente imunizada no fim do ano

A Secretaria estadual de Saúde pode pedir ao Exército ajuda para vacinar a população fluminense. De acordo com o secretário Luiz Antônio Teixeira Jr., num primeiro momento, as equipes que vão atuar nos municípios mais vulneráveis serão do Corpo de Bombeiros e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio de Janeiro (Emater). No entanto, ele diz que, se novos casos da doença forem confirmados, o apoio de outras instituições será fundamental. Como medida preventiva, o órgão já havia decidido vacinar 12 milhões de moradores do estado.

— À medida que a gente tenha necessidade de ampliar a área de cobertura da vacina, o Exército poderá ser acionado. Isso pode ocorrer a qualquer momento. É um esforço conjunto. Além disso, estamos aguardando a chegada de três milhões de vacinas do Ministério da Saúde num prazo de 15 dias. Hoje (ontem), pedimos mais um milhão de doses para aplicar de imediato nos 25 municípios considerados prioritários — explicou o secretário de Saúde.

Hoje, uma preocupação do estado é garantir às equipes de vacinação boas condições de acesso aos locais de risco de surto. Os dois casos de Casimiro de Abreu foram diagnosticados em áreas rurais. A mão de obra especializada dos militares, já acostumados a realizar missões em regiões de difícil acesso, seria bem-vinda. O secretário de Saúde acredita que não terá problemas em conseguir o apoio.

Teixeira acredita que, nos 25 municípios considerados prioritários, a vacinação deverá ser concluída até o fim deste mês. Já a população de todo estado só deverá estar totalmente imunizada no fim do ano. Só devem ficar de fora da campanha idosos com mais de 60 anos, gestantes, lactantes, crianças com idade inferior a nove meses e pessoas alérgicas a ovo, um dos componentes da vacina.

Como Casimiro de Abreu não faz divisa com Minas Gerais e Espírito Santo, o município não fazia parte do cinturão de imunização montado pela Secretaria estadual de Saúde em 30 cidades. O número de municípios incluídos nessa faixa de proteção foi crescendo conforme o avanço da doença. Só agora, com o óbito do pedreiro Watila Santos, de 38 anos, no último sábado, a cidade entrou na lista. Ao todo, a Secretaria de Saúde já registrou 38 casos suspeitos de febre amarela no estado, mas não informou onde foram notificadas as ocorrências. O Ministério da Saúde disse que não foi informado sobre as notificações. Por esse motivo, elas não constam do boletim sobre o avanço da doença publicado pelo órgão.

Como prevenção, o Rio está intensificando a vacinação em seus postos de saúde. Mas, em algumas unidades, as pessoas são informadas que só podem ser vacinadas se forem viajar para áreas de risco. No entanto, o secretário municipal de Saúde, Carlos Eduardo de Mattos, informou que, de janeiro a 11 de março deste ano, 111.414 pessoas foram vacinadas na cidade. Só em fevereiro, foram 57.761, reflexo do carnaval, quando muitos cariocas procuraram os postos de vacinação porque planejavam viajar para áreas de infestação em Minas Gerais e Espírito Santo.

— Estamos vacinando preventivamente, e, assim que chegarem as vacinas do Ministério da Saúde, que nos deu um prazo de 15 dias, ampliaremos os postos de vacinação de 34 para 233 unidades primárias municipais, no intuito de imunizarmos toda a população — disse Carlos Eduardo.

o globo

16/03/2017

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