Estado do Rio terá seis representações turísticas na Europa, Estados Unidos e América do Sul

O governo do estado do Rio vai lançar uma concorrência pública para a contratação de representações turísticas no exterior. O objetivo é ajudar na captação de turistas para o estado. O programa, que custará R$ 2,4 milhões por ano, foi anunciado na manhã desta quinta-feira pelo governador Wilson Witzel e o secretário estadual de Turismo, Otávio Leite. A ideia, segundo Leite, é ter seis representações: duas na Europa, duas nos Estados Unidos — para explorar o fim da exigência de visto para turistas — e duas na América do Sul. O anúncio ocorreu no seminário “Rio + Turismo”, realizado pelos jornais O GLOBO, “Valor Econômico” e a revista “Época”, nesta quinta-feira.

— Não vamos fazer escritórios por aí. É necessário que a gente tenha uma representação turística, que não é estabelecer um espaço físico. É home office, é itinerante e é pró-ativo para visitar o setor de turismo que atua de lá para cá, ajudar a captar eventos, relacionar-se com as embaixadas brasileiras.

De acordo com secretário, será feita concorrência pública de seis lotes: duas representações na Europa (Reino Unido, França e Alemanha, Italia, Portugal e Espanha), outras duas, nos Estados Unidos e no Canadá, e mais duas na América do Sul (Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai, Colômbia, Peru, Bolívia e México).

— Isso vai custar R$ 2,4 milhões por ano. Tem uma média de R$ 400 mil por cada uma. Quem é que vai fazer? Tem que ser uma empresa. A gente paga aqui, com CNPJ daqui. Tudo com meta de planejamento e acompanhamento. Isso, somando a participação em feiras e o trade turístico chegando junto, a gente vai produzir resultado — afirmou o secretário estadual de Turismo, Otávio Leite.

Secretário também anunciou a participação do estado em mais feiras internacionais de turismo. Enquanto esse ano o estado esteve representado em 16, no próximo ano serão 39.

Nova campanha é lançada pelo governo para atrair turistas

Nesta quarta-feira, uma nova campanha financiada pelo governo estadual foi lançada para captar turistas. Segundo o secretário de turismo, ela é veiculada em diferentes meios, como TV aberta, fechada e rádio. A iniciativa, segundo ele, consumiu R$ 11 milhões dos R$ 20 milhões disponíveis para a área esse ano.

Outro aceno feito para o setor foi o aumento do investimento no setor. De acordo com o governador Wilson Witzel, o orçamento da área será de R$ 40 milhões em 2020 — o dobro deste ano —, podendo chegar a até R$ 100 milhões.

— Para o ano que vem temos possibilidade de fazer remanejamento para áreas públicas que vão dar receita. Precisamos olhar para a receita, e investir em áreas que vão captar novos investimentos. É um investimento que dá retorno. Se precisar poderemos chegar a R$ 100 milhões — disse Witzel.

De acordo secretaria de Turismo, essa campanha pretende mostrar o turismo de experiência. “Também fica claro que, diferente de outros locais, o melhor motivo para visitar o Rio de Janeiro é o próprio Rio de Janeiro, já que só aqui todos os atrativos que encantam o mundo estão reunidos em um só lugar”, diz a assessoria. A campanha será veiculada em nível nacional, com ênfase em São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. E também no Chile e na Argentina.

Letalidade policial

Após a participação no evento, Witzel foi questionado por jornalistas se o aumento da letalidade policial no estado não é um obstáculo para o estado atrair turistas. O governador, no entanto, garantiu que não:

— De jeito nenhum! É preciso entender que o Rio é um lugar singular. Temos, infelizmente, narcoterroristas dentro dessas comunidades. Eles nunca tiveram confronto com as forças policiais como estão tendo agora. Hoje estamos mostrando que não haverá leniência no confronto como a polícia, e isso é assim em qualquer lugar do mundo. Quando há erro da polícia ele é investigado. Policiais que erraram estão sendo investigados, denunciados e serão submetidos à Justiça. Estado não tem leniência com crime organizado, não tem bandido de estimação. É preciso olhar os números: redução do roubo de cargas, roubo de rua, homicídios. Muitas dessas comunidades tiveram homicídios reduzidos. São quase mil pessoas mortas a menos esse ano

13/12/2019

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