Especialistas dão dicas de como lidar com o próprio mau humor

“Tenho fama de mal-humorada pela manhã, principalmente ao acordar muito cedo. Na TPM fico pior” admite Danielle Valejo, de 28 anos.

Uma das explicações para situações como essa é que o humor é regulado pela serotonina, um neurotransmissor cuja produção é baixa nos períodos de tensão pré-menstrual e ao acordar. Por isso, muitas pessoas acordam mal-humoradas e melhoram conforme as horas vão passando, porque a luz solar estimula a produção da substância no organismo.

Quem é conhecido por seus amigos como uma pessoa mal-humorada, por carregar o comportamento ao longo do dia, precisa ficar atento, pois esse pode um sintoma de distimia.

— É como se fosse uma depressão leve, uma espécie de mau humor crônico, caracterizado por irritabilidade e um pouco de tristeza — explica Monica Portella, psicóloga especialista em habilidades sociais.

Não há como definir quem sofre mais: os mal-humorados ou as pessoas que estão a sua volta. Fato é que se relacionar com uma pessoa que constantemente tem pavio curto não é tarefa fácil, atesta o Extra.

— Quando estamos de mau humor, corremos o risco de ficar irritados ou até agressivos, e as nossas palavras podem magoar pessoas que amamos. Além de perdermos a concentração em situações que precisam ter mais atenção — alerta a psicóloga Livia Marques, especialista em terapia cognitivo-comportamental.

O psicanalista Alexandre Pedro afirma que as consequências de um dia de mau humor podem ser irreversíveis. O autoconhecimento é fundamental nos dias em que você não está alto astral.

— É preciso observar se há alguma repetição de padrão nesses episódios de mau humor. Além disso, a própria pessoa deve observar que naquele dia ela não está bem e se programar para se estressar o menos possível durante o dia — indica Alexandre.

Pedir ajuda a uma pessoa amada pode ser a saída para tentar se desvencilhar do comportamento “ranzinza”. Esta foi a saída encontrada por Danielle:

— Dentro de casa, minha família não reagia mais, porque consideravam que este era o meu jeito. Mas meu noivo começou a me dar uns toques. Ele tem grande parcela na minha melhora. A primeira atitude agora é pensar antes de falar. Porque como a paciência está lá embaixo, a resposta automática, às vezes, é indelicada. Então eu respiro e penso para falar com as pessoas.

16/05/2019

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