Especial mães: histórias que revelam a essência do amor maternal

Maio terá agora um sabor diferente para Moisés Damasceno, 22 anos. Ele perdeu a mãe, Edgina Soares, de 56 anos, que faleceu de câncer no estômago na cidade de Costa Rica, no Mato Grosso do Sul, para onde ele e a família haviam mudado antes mesmo do diagnóstico da doença.

De volta a Arapiraca, graças a um trabalho cooperado entre as secretarias de Assistência Social das duas cidades, o jovem assume uma nova responsabilidade. Agora é dele a missão maternal de cuidar das duas irmãs menores.

“O amor que ela tinha por mim, o cuidado e o carinho agora sou eu quem tenho que dar às minhas irmãs. Vou viver para cuidar delas: como minha mãe sempre cuidou de nós”, disse ele.

“Moisés está num momento de grande perda, mas o amor que a mãe plantou no coração dele já germinou. Ele se tornou forte e lutador”, disse a secretária Fabricía Galindo que coordenou o trabalho de retorno da família após o sepultamento da mãe do rapaz.

Um amor que ressignifica

A história de Moises, esse arapiraquense que regressou a sua terra natal após um período conturbado e difícil em outra cidade, revela nele um sentimento que tem até data no calendário: o segundo domingo de maio. Afinal, o amor materno parece que tem mesmo especificidades, que embora pertençam ao sexo feminino, podem estar presentes em qualquer um: desde que semeados. É o caso do jovem que agora luta para dar dignidade às irmãs . “ Estamos sem nossa mãe: mas ela está e nós”, diz ele ao assumir o comando da família.

Renascer

De Moisés a Maitê , a menina que nasceu em plena pandemia. A filha de Thayna Oliveira, 23 anos, uma jovem que enfrentou e venceu o coronavírus para tornar-se mãe.

“Eu nasci de novo para cuidar da minha pequena”, disse ela, que havia sido atendida no 5º Centro e no Espaço Nascer, até ser submetida a uma cesárea dois dias após sem internada no Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho, com sintomas severos da Covid-19.

Maitê nasceu e sua mãe precisou ser entubada. Foram 20 dias onde a jovem mãe lutava para sobreviver. Hoje, passados quase oito meses, o sentimento que as une é ainda maior.

Afinal, representa a vitória de quem lutou para manter vivo muito mais do que o sentimento que as une. Mas para que ambas pudessem, literalmente, sobreviver. “ Por isso esse dia das mães é muito especial”, falou.

“Agradeço a todo momento é aos profissionais que cuidaram de mim. O SUS me salvou”, disse ela.

Amor por adoção

Quando se quer amar, vamos em busca. Foi esse o impulso de mulheres que optaram pela maternidade e a acharam na adoção através do Criança Feliz, o projeto de amor que tem apoio da prefeitura e empresas e que hoje conta com 16 mães arapiraquenses.

Assim, após sete gestações de risco em que os bebês nasceram prematuros e não sobreviveram, Mirtes resolveu adotar na certeza que não poderia passar pela vida sem a realização de ser mãe.

“O que fazer com o amor que tinha sido gerado em mim para dar aos meus filhos? Eu não conseguia mais lidar com esse vazio”, disse. Foi quando chegou Miguel, um menino com nome de anjo cuja “ gestação” durou três anos de muita ansiedade, expectativa e medos, mas que virou o sonho que ela tanto ansiava.

“Ele é a minha vida fora de mim”, disse ela feliz em ter sido adotada como mãe.

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