“Dragões azuis” que surgem nas praias alagoanas são inofensivos

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A presença dos “dragões azuis” nas praias alagoanas tem feito surgir informações equivocadas sobre a pequena lesma marinha. O professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) em Penedo, Cláudio Sampaio, explicou que nos últimos anos, geralmente no inverno e associado a presença de ventos do quadrante Sul ou Leste, que “varrem” a superfície dos oceanos, são noticiados a presença de “dragões azuis” nas praias alagoanas.

Mas quem são esses dragões e o que podem causar?
O Dragão azul, Glaucus atlanticus, é uma pequena lesma marinha, um molusco, parente distante dos búzios e caramujos, que não possui concha e encontrada em todos os oceanos do mundo. São pequenos, em média com 4cm de comprimento, e observados apenas quando os ventos os trazem para as praias, onde encalham.

O pouco conhecimento sobre essas curiosas lesmas marinhas pode provocar medo, principalmente devido a viralização de imagens dos dragões azuis nas redes sociais, juntamente com informações equivocadas de que são animais invasores, perigosos e até mortais. Porém, é inofensivo ao ser humano.

O Dragão azul tem em seu nome científico, Glaucus atlanticus, uma clara menção ao oceano Atlântico, sendo encontrado em águas oceânicas de Norte a Sul do Brasil, mas como são pequenos e raramente observados, notícias erradas sobre sua invasão passaram a circularam nas redes sociais

Sobre seu veneno fatal, as fakenews devem ter surgido devido a sua dieta composta por caravelas, animais que também flutuam nos oceanos e que podem causar acidentes dolorosos, semelhantes a queimaduras, acreditando-se que poderiam potencializar os sintomas de queimaduras das caravelas. Não são conhecidos acidentes envolvendo o dragão azul em nenhum lugar do mundo.

“Caso encontre um dragão azul, aproveite para observar sua rara beleza, faça fotos e vídeos e encaminhe, juntamente com informações sobre a data e localização, à universidades, centros de pesquisa, ongs e secretarias municipais e estaduais do meio ambiente, pois esses animais podem contribuir com o aumento do conhecimento e redução das fakenews”, afirmou o professor.

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