Dia dos Pais: profissionais da saúde destacam como conciliar trabalho e filhos

Pais relatam o que fazem para que a rotina de trabalho não afete o convívio com a família

Profissionais de várias áreas da Saúde contam experiência de ser pai e conciliar o trabalho com rotina árdua do ofício de salvar vidas. Carla Cleto
Profissionais de várias áreas da Saúde contam experiência de ser pai e conciliar o trabalho com rotina árdua do ofício de salvar vidas. Carla Cleto

 

Os profissionais de todas as áreas de saúde sempre estão de plantão e de braços abertos para receber os pacientes que precisam de qualquer tipo de atendimento, mas como horários das escalas nem sempre são os mais usuais, a rotina dos plantões acaba distanciando esses profissionais de suas famílias. Para diminuir essa distância, a tecnologia tem sido um forte aliado para que os pais possam preencher um pouco da ausência causada pelo trabalho.

Esse é o exemplo de dois pais que trabalham no Hospital Geral do Estado (HGE). Um deles é o médico ortopedista Herbert Rocha, 38 anos, pai do Guilherme, de um ano e 6 meses, que trabalha nos plantões do HGE e em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Rocha conta que para suprir um pouco da própria carência, causada pela distância do filho, ele utiliza o celular para fazer videochamadas com a esposa e assim conseguir ter contato com o filho durante o trabalho.

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“Todo intervalo que eu tenho entre um plantão e outro, utilizo um aplicativo de videochamada com a minha esposa para que eu fale um pouco com ele e assim tento manter pelo menos o contato visual, já que o físico nem sempre é possível”, relatou o médico.

Rocha afirmou ainda que não abre mão dos finais de semana com a família e que mesmo com a correria dos plantões, o tempo livre é dedicado de maneira integral ao filho e à esposa.

“Quando tenho tempo de ir para almoçar em casa, tento passar a maior parte do tempo com os dois. Nos finais de semana estou sempre brincando, passeando, assistindo a desenhos com meu filho, ou fazendo algo que Guilherme gosta que é ficar na varanda do apartamento vendo os carros na rua”, completou.

Tudo é válido

Outro pai que também utiliza os equipamentos da era digital para tentar suprir um pouco a ausência do dia a dia é Anísio Valério dos Santos, 37 anos, que trabalha há 14 anos como socorrista e motorista de ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ele disse que tudo é válido para estar mais próximo do casal de filhos, uma menina de 9 anos e um menino de 7.

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“A presença do pai é essencial na criação dos filhos e faço tudo que posso para dar atenção para as minhas crianças. Durante o trabalho sempre estou em contato com os dois trocando mensagens, fotos e vídeos de desenhos animados. Quando tenho minha folga nos finais de semana, levo meus filhos para brincar em uma praça próxima de casa” contou Anísio.

Esse ainda não é caso de Alisson Ferreira, 36 anos, técnico de enfermagem no HGE e em mais duas unidades de saúde da capital, que considera os filhos – de 6 anos e outro de um ano e 7 meses – muito novos para ter um celular, mas afirma que sempre faz o possível e o impossível para estar junto dos meninos mesmo passando pouco tempo em casa devido aos plantões.

“O tempo que eu tenho em casa é pequeno para ficar com as crianças, já teve meses em que só passei 10 noites em casa por causa das escalas do plantão dos três hospitais. Por isso o meu filho mais velho as vezes reclama dizendo: ‘já vai trabalhar de novo, pai?’ Ele sente mais por já estar na escola, então nem sempre consigo encontrá-lo em casa durante a semana”, disse.

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“Mas quando tenho alguma folga dedico todo o meu tempo livre para eles, geralmente no final de semana, levo os dois para passear na praia, dar uma volta pela orla ou mesmo ficar em casa brincando com os dois”, afirmou o técnico de enfermagem.

Todos formados

Outro caso é de um pai mais experiente, o senhor de 60 anos, José Emídio dos Santos, que trabalha há 38 anos como maqueiro, com 3 filhos “todos formados e bem-criados para enfrentar o mundo”.

Na época em que os filhos eram pequenos, o maqueiro relata que os plantões não eram tão puxados como são nos dias de hoje.

“O plantão era mais folgado e assim o trabalho não impedia tanto de estar presente com os meus filhos, mas quando aparecia alguma necessidade, eu e minha esposa sempre tínhamos ajuda e assim conseguimos driblar as ausências para criar nossos filhos da melhor forma possível”, lembra Emídio.

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João Victor Barroso – Agência Alagoas

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