Dia do oftalmologista: os cuidados com os avanços tecnológicos

Foto: Assessoria

Nesta sexta-feira, 7 de maio, é comemorado o Dia do Oftalmologista, uma homenagem ao profissional responsável pelo estudo, cuidado e prevenção de doenças ligadas ao sistema ocular. Em meio à pandemia, professores e alunos do Centro Universitário Tiradentes (Unit/AL) realizam pesquisas que ajudam a entender a saúde dos olhos, abordando temas relacionados ao uso excessivo de aparelhos tecnológicos, combate a covid-19 e até as viagens especiais.

Lazer e trabalho são as melhores formas de distração. Diante da pandemia, o home office e o isolamento social tornaram as pessoas mais dependentes dos computadores, tablets e smartphones. Crianças e adultos passaram a igualar as horas em frente às luzes dos aparelhos com o tempo que os olhos necessitam receber de luz natural (do sol), que serve como fator de proteção. A oftalmologista e professora da Unit/AL, Marina Viegas, alerta sobre os cuidados para não desenvolver a miopia.

“Hoje, crianças e jovens estão trocando o computador de mesa pelo smartphone ou tablets. As telas menores dos celulares fazem com que a maioria delas segure o equipamento muito próximo do globo ocular e, como consequência do esforço visual para perto, tem-se a facilidade na perda do foco para longe. Como consequência dessas mudanças no estilo de vida advindas da inovação tecnológica, as pessoas podem contrair a Síndrome de Visão Computacional, que consiste em visão embaçada ou dupla, olhos secos e irritados, levando, em longo prazo, a distúrbios oculares como a miopia,” detalha a professora.
Viagens Espaciais

Apaixonado por pesquisas espaciais e aluno do 9º período do curso de Medicina da Unit/AL, Carlos Eduardo Ximenes faz parte da Liga Acadêmica de Oftalmologia e trabalha com estudos voltados para a relação do espaço e a saúde dos olhos.

“A meta deste ano é desenvolver dez projetos, abordando diversas áreas, todas relacionadas à estrutura dos olhos e que envolvem até a covid-19 por meio dos olhos. Nossa missão é identificar métodos que ajudem na adaptação do ser humano,” destaca o aluno e pesquisador.

De acordo com Carlos Eduardo, a saúde ocular é assumidamente um dos maiores desafios da exploração espacial humana, uma vez que os olhos são parcialmente protegidos pelas pálpebras, que são barreiras importantes contra agentes agressivos. Além disso, a camada de ozônio da Terra envolve todo o planeta e bloqueia a radiação UV emitida pelo sol e vários corpos celestes no espaço.

“A radiação cósmica provoca alterações vasculares, estruturais e bioquímicas dos olhos. Nesse sentido, essa revisão narrativa busca identificar e explicar as principais mudanças morfológicas e funcionais que ocorrem no sistema visual em decorrência de missões espaciais, por isso a importância das pesquisas. O fato é que somos seres extremamente adaptáveis e conseguimos desenvolver tecnologias para permanecer nos diversos ecossistemas terrestres. A exploração humana no sistema solar vai nos tornar uma espécie extraplanetária”, explica Carlos Eduardo.

Para seguir viagem é preciso estar com boa saúde mental. Entre as medidas preventivas, era contra-indicada a permanência do ser humano em ambiente espacial remoto e austero que tenha doença coronariana, litíase renal, asma e epilepsia. “A microgravidade desencadeia a redistribuição do sangue para a parte superior do corpo, que fica congestionada devido ao aumento da pressão hidrostática do sangue. A congestão venosa cerebral afeta diretamente a pressão intraocular e pode danificar o disco óptico, como papiledema e hemorragias retinianas”, esclarece o pesquisador.

Coronavírus pode ser contraído através dos olhos

Embora não seja um método comum de infecção, acredita-se que o coronavírus pode entrar através dos olhos. Isto pode acontecer de duas maneiras, a primeira por gotas líquidas presente no ar e a segunda por meio das mãos. Por isso, a medicina recomenda que todos sigam o protocolo sanitário de prevenção a covid-19.

“A utilização de óculos de grau ou de sol pode criar uma barreira contra a entrada do vírus que vem de ângulo direto, pode também entrar nos olhos através do contato físico, geralmente através das mãos. Tocar num objeto contaminado pode transferir para as suas mãos, que vai em seguida para os seus olhos, nariz e boca. Isto destaca a importância de lavar vigorosamente as mãos e mantê-las longe da sua cara”, aconselha.

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