Dia do Chocolate e da Pizza: saiba como aproveitar sem exagerar

No mês de julho, são comemorados os dias mundiais do Chocolate (7) e da Pizza (10). Só no Brasil, a Associação de Pizzarias Unidas estima que sejam fabricadas e vendidas uma média de 1,7 milhões de pizzas todos os dias. Avalia-se, também, que cada brasileiro consuma uma média de 1 a 2 quilos de chocolate por ano, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates. Mas na hora de comer, como manter o equilíbrio?

Danielle Alice, professora de Nutrição do Centro Universitário Tiradentes (UNIT/AL), cita que para não exagerar quando for comer, deve-se manter atenção plena ao alimento, para que se respeite os sinais de saciedade. Mastigar bem, respirar entre uma garfada e outra, além de evitar os molhos de adição (como catchup e maionese) e preferir suco ao refrigerante como acompanhamento. Antes do consumo da pizza, é preferível comer refeições mais leves.

Sobre os sabores mais saudáveis, a professora cita que a questão tem mais a ver com quantidade, frequência de consumo e preparo. “O uso de farinhas integrais, molhos naturais e recheios a base de alimentos com pouco processamento são melhores.  Pode-se optar pelo molho natural de tomate ao invés de industrializados. Queijos mais brancos possuem menos gordura e sódio, quando comparado com os amarelos. Opte pelo milho in natura ao invés do de caixinha. Quanto aos sabores, exemplos bons são as pizzas de marguerita, brócolis, queijos e frango”, explica.

Cuidados com os celíacos

Quando tinha 12 anos, a estudante Letícia Peixoto descobriu que é celíaca, ou seja, tem intolerância ao glúten, encontrado no trigo, na cevada e no centeio. “Foi horrível descobrir.  Praticamente tudo que eu comia tinha glúten, demorei para me adaptar. Exclui 70% da minha alimentação anterior, que era muito voltada a alimentos industrializados e comecei a buscar alternativas de alimentação mais caseiras”, conta.

Além de ter que mudar a alimentação, Letícia teve que deixar de comparecer aos aniversários e eventos sociais de amigos, pois eram em pizzarias. Mesmo não comendo, a farinha fica no ar, o que causa reações para os celíacos. Quando tem que sair de casa, ela leva a própria comida, pois poucos locais são seguros para quem possui a doença, já que pode ocorrer a contaminação cruzada.

Danielle Alice destaca que para que não haja contaminação cruzada, é importante não compartilhar utensílios com preparações que vão produtos com glúten. O celíaco tem que ter sua própria panela, liquidificador, colher. Até mesmo o forno deve passar por uma higienização caso tenha sido assado antes uma pizza com trigo.

“Para quem é celíaco a pizza pode ser feita com farinha de arroz, fécula de batata, farinha de grão de bico. Lembrando que eles não podem consumir trigo, centeio, aveia e cevada. Hoje, se encontram mais facilmente esses ingredientes e com preço acessível. O mais barato e que garante uma boa pizza é a farinha de arroz”, esclarece Danielle Alice.

Chocolate: Coma, mas com consciência

O chocolate é feito de cacau, que é rico em polifenóis, compostos bioativos, sendo, inclusive, reconhecido como um superalimento, uma vez que esses nutrientes estão dentro do cacau. É cientificamente comprovado alguns efeitos favoráveis na prevenção de agravos, como diabetes, hipertensão, e melhora do quadro de resistência à insulina, prevenção de alguns tipos de câncer.

Porém, esses benefícios estão atrelados às maiores concentrações de Cacau, como os de 60% para cima. Esse padrão de chocolate também tem menos adição das gorduras do tipo hidrogenada, que são ricas em gordura trans, não mais recomendadas hoje em dia.

A professora Danielle Alice cita que devemos comer com atenção plena para não exagerar, sem devorar o chocolate, mas saboreando. Um exercício indicado é colocar o chocolate na boca, deixar ele derreter, movimentar ele com a língua pelas bochechas e pela língua para que as papilas gustativas percebam e para que dê tempo dessa mensagem de saciedade chegue ao cérebro e você cesse o consumo.

Para treinar o nosso paladar para sabores menos doces, ou seja, para chocolates com maior concentração de cacau e consequentemente mais amargos, a professora frisa que é necessário dar um passo por vez. “É mais fácil você subir um degrau de cada escada do que chegar ao topo num salto só. Então, se você tem o hábito de consumir chocolate do tipo 20% apenas de concentração, aumenta para um de 40% e fica algum tempo ali naquele padrão de concentração de cacau, depois eleva para 50, 70%”, ensina.

Danielle afirma ainda que à medida que vamos fazendo essa exposição gradual de sabores mais acentuados para o amargo, as papilas gustativas vão se acostumando. “Se eu experimento apenas hoje, a primeira impressão é de aversão mesmo para quem não tem o costume de comer algo com o sabor mais amargo. Mas se há uma repetição e consigo manter esse ciclo por três semanas ou mais, é possível estabelecer uma rotina e formar um novo hábito.”, finaliza.

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