DH investiga a participação de policiais em invasão à delegacia

A Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) investiga uma invasão à sede da própria especializada, em março deste ano, quando foram levados seis celulares que tinham sido apreendidos pelos policiais com dois homens acusados de levar a propina paga pelo tráfico a policiais militares do 7º BPM (São Gonçalo). Renato Tardin e Daniel Soares foram indiciados, junto com quase 100 PMs acusados de receberem propina para não reprimirem o tráfico em São Gonçalo, na investigação da especializada.

A DHNSG acredita que a delegacia tenha sido invadida por policiais militares que eram investigados pela especializada. Há suspeita de que os PMs tenham contado ainda com a ajuda de policiais civis lotados na própria delegacia, atesta o Extra.

Por conta de uma investigação feita pela Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, que contou com a delação premiada de um delator do tráfico, a Justiça decretou a prisão de 97 policiais militares que atuavam em São Gonçalo, entre 2014 e 2016. Todos são acusados de receber propina para não coibir o tráfico de drogas em São Gonçalo.

A ação foi batizada de operação Calabar — em referência a Domingos Fernandes Calabar, considerado o maior traidor da história brasileira. Além dos PMs, a Justiça expediu também mandados de prisão contra traficantes. No total, são 184 mandados de prisão. O esquema movimentava cerca de um milhão de reais por mês.

Até agora, 54 policiais militares foram presos. Do total de PMs que estão com a prisão decretada 41 estão lotados atualmente no 7ºBPM (São Gonçalo), 20 no 12º BPM (Niterói) e 15 no 35º BPM (Itaboraí). O restante está lotado em outras unidades da PM.

29/06/2017

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