Desumano! Cachorro tem 60% do corpo queimado

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Um novo caso de maus-tratos contra animais foi registrado no Estado. Desta vez, na cidade de Rio Largo, onde um cachorro teve 60% do corpo queimado por água quente. A denúncia foi feita por protetores independentes, que acionaram a Ordem dos Advogados do Brasil seccional Alagoas (OAB) após o resgate.

Segundo testemunhas, o cão, chamado de “Léo”, pertence a moradores de rua da cidade e foi agredido por um dos moradores da rua Duque de Caxias, no centro de Rio Largo. Ele teria se irritado e jogado água fervente no animal quando o mesmo se aproximou da casa dele.

“A cadela dele estava no cio e ele se irritou quando o cachorro chegou na porta, jogando a água quente. O cão urrou de dor e acordou os vizinhos, que fizeram o registro”, disse a presidente da Comissão de Bem Estar Animal da OAB, Rosana Jambo, acrescentando que o animal corre sério risco de morte.

A situação ocorreu na última semana, mas foi denunciada à Ordem dos Advogados do Brasil apenas após o resgate do cachorro, que ficou cerca de uma semana sem atendimento. A presidente da comissão disse que agora o caso será levado à Polícia Civil para que seja investigado.

“Estamos fazendo uma petição e também uma queixa crime para que seja investigado. O autor, identificado como Antônio, disse que se arrependeu, mas precisa ser punido por isso. Temos testemunhas e as provas materiais do crime e vamos fazer à denúncia”, ressaltou.

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Cachorro teve queimaduras em 60% do corpo (Foto: Luís Vitor Melo/ G1)

De acordo com ela, será proposto inicialmente que o responsável pague o tratamento do animal, que está internado em uma clínica no bairro do Benedito Bentes, em Maceió. A pena para o crime vai de três meses a um ano de reclusão, mas o delito é geralmente punido com penas alternativas.

“Esse tipo de crime geralmente não resulta em prisão, a não ser que o responsável continue com o comportamento ou o animal morra, mas geralmente as penas são alternativas, como pagamento de cestas básicas ou multa e a prestação de serviços comunitários”, complementa ela.

Larisa Bastos

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