Desrespeitar Direitos Humanos ainda pode tirar pontos da redação do Enem

Não tem conversa, desrespeitar os Direitos Humanos é perder pontos da redação do Enem na certa. Mesmo com as discussões nos últimos anos a respeito da manutenção ou não dessa regra, assim como a esperada mudança no tom da prova deste ano, a cartilha de redação divulgada pelo Inep na última semana deixa bem claro que esse é um dos critérios de avaliação na correção.

Até o Enem 2017, ferir os Direitos Humanos era considerada uma infração bem mais grave e poderia zerar a prova de redação, mas uma medida do STF mudou a regra. Desde então, inclusive na prova deste ano, o candidato que cometer esse desvio pode perder pontos na última das cinco competências da correção da prova, a proposta de intervenção. O texto explicativo dessa competência, na cartilha do Inep, especifica que o candidato deve “elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os Direitos Humanos”.

A cartilha também exemplifica algumas ideias que serão sempre consideradas contrárias aos Direitos Humanos, como a defesa de tortura, mutilação, execução sumária e qualquer forma de “justiça com as próprias mãos”. Os princípios de Direitos Humanos que orientam a correção da redação do Enem são os expressos nas Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos:

A sugestão de outras medidas que não ferem especificamente esses princípios, mas outros relacionados ao tema da redação, também podem resultar na perda de pontos. O Inep separou alguns trechos de redações do Enem 2018 que foram penalizadas por ferirem os Direitos Humanos por proporem encarceramento em massa, censura ou restrição do acesso à informação por uma parte da sociedade. Veja alguns exemplos:

Outras informações sobre a correção e critérios de avaliação da redação do Enem podem ser conferidas na cartilha do participante.

01/11/2019

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