Deputados debatem a escassez de medicamentos para intubação de pacientes com Covid-19

Durante a sessão plenária desta quarta-feira, 14, o deputado Ronaldo Medeiros (MDB) demonstrou preocupação com a falta de medicamentos, sobretudo o “kit intubação”, para pacientes com Covid-19. Ele citou como exemplo o Estado de São Paulo, onde o estoque já se encontra em nível deficitário. “Hoje, o Governo de São Paulo disse que se não chegar medicamentos, principalmente o kit intubação, a maioria das pessoas que serão extubadas vão morrer, e outras não conseguirão ser intubadas por falta da medicação”, disse o parlamentar, observando que os medicamentos são adquiridos pelo Governo Federal, centralizados e distribuídos pelo Ministério da Saúde. “É lamentável que pessoas morram, como foi mostrado em vários telejornais, por falta de medicação”, protestou.

Complementando a fala de Ronaldo Medeiros, o deputado Léo Loureiro (PP) explicou que o “kit intubação” e todos os medicamentos que afetam os neurotransmissores estão em falta no Brasil. “Toda a rede hospitalar do Brasil está em risco de colapso. Por dois motivos: primeiro porque cresceu o número de ocupação de leitos em UTIs e a estrutura da indústria não está conseguindo dar vencimento; e segundo porque os valores relacionados a tais medicamentos tiveram uma alta de mil por cento acima da tabela. Isso começa a comprometer a saúde financeira e a estrutura dos hospitais, o que pode ocasionar um colapso na pandemia e no pós-pandemia”, informou o parlamentar, que preside a Comissão de Saúde da Casa.

Loureiro acrescentou ainda que hoje a Comissão realizará uma reunião para debater sobre essa questão e solicitar uma reunião com o Governo do Estado e a Secretaria Estadual de Saúde, para que possam intermediar e ajudar toda a rede hospitalar – pública, particular e filantrópica. “Esses medicamentos não duram mais do que 20 dias nos estoques dos hospitais”, alertou Léo Loureiro, destacando a importância de se fazer o acompanhamento, mostrando que, ao sair mais uma vez à frente de uma discussão que preocupa a todo o País, a Casa está alinhada e comprometida com a população.

O deputado Cabo Bebeto se associou a fala de Léo Loureiro e elogiando-o pela forma esclarecedora que tratou sobre o assunto. “O Governo de São Paulo é o que mais bate no presidente Bolsonaro e quem quiser é só olhar números do Estado em relação ao País. São Paulo não é referência boa em combate a Covid-19″, contrapôs Bebeto à fala de Ronaldo Medeiros.

O deputado Francisco Tenório (PMN) disse ser extremamente preocupante a falta de medicamentos e insumos necessários ao tratamento contra a Covid-19. “Não é o momento de as autoridades de saúde pública se debruçarem sobre esse tema, para ver se não está havendo má fé desses fabricantes de medicamentos e insumos?”, questionou o parlamentar, alertando para uma possível especulação com os medicamentos devido a demanda.

Calendário
Na sequência, o deputado Silvio Camelo aproveitou a oportunidade para informar que o Governo de Alagoas irá anunciar o calendário de vacinação para os menores de 60 anos portadores de comorbidades. “O Governo entende que avançar na imunização é não deixar ninguém para trás. A parceria entre o Executivo estadual e os municípios tem sido muito importante nessa questão da vacinação”, declarou o líder do Governo na Casa. “O Governo vai liberar, até sexta-feira próxima, a primeira parcela do ‘Vacina Alagoas’, em torno de R$ 31 milhões para as prefeituras”, informou Camelo.

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