Depoimento de Emilly Araújo, campeã do BBB17, teve emoção, conta delegada

Inquérito deve ser finalizado na próxima semana.

Ao entrar no “Big Brother Brasil”, Emilly Araújo não imaginou que seria protagonista de uma história que iria parar na polícia. A corporação investiga se ela sofreu agressão durante o reality show. Essa surpresa apareceu durante seu depoimento, feito na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher de Jacarepaguá (Deam-Jacarepaguá), na Zona Oeste do Rio, na segunda-feira (17).

Em entrevista ao G1, a delegada Viviane Costa Ferreira contou que Emilly se emocionou ao tratar do tema.

“Teve emoção, ela estava numa delegacia. Outras mulheres ficam da mesma forma. Ela foi pega de surpresa, além disso, envolve um assunto que trata de violência.”

A delegada explicou ainda que a emoção até dificulta que a vítima perceba que está em um relacionamento abusivo.

Emilly foi prestar esclarecimentos no inquérito que apura se o cirurgião Marcos Harter, também participante do programa, a agrediu durante o tempo em que ficaram juntos dentro da casa. De acordo com a delegada, falta analisar algumas imagens e tomar depoimentos para finalizar o inquérito. A previsão é que aconteça na próxima semana.

“As mulheres deveriam aproveitar que o assunto está na mídia para verificarem se estão em uma relação saudável. Uma a cada três mulheres é vítima de violência doméstica. Fica o meu apelo para as mulheres pensarem se o parceiro tem algum tipo de comportamento agressivo, e elas não estão enxergando”, acrescenta.

A delegada ainda sugere que mulheres que estejam passando por situação semelhante compareçam à Deam.

“A violência doméstica, geralmente, ela é gradativa. Começa com um tratar mal, xingamentos, dedo no rosto. Depois aumenta para um empurrão, tapa no rosto, até que as agressões aumentam e acontece a lesão corporal”, reforça.

As investigações vão avaliar se houve crime de lesão corporal no caso de Emilly. Outros tipos de violência, porém, também podem ser caracterizadas como crime.

“Para ser lesão corporal, precisa ter marcas físicas. Mas a violência não é somente quando deixa marca. Xingamentos e dedo no rosto caracterizam violência psíquica”, esclarece.

No dia 12 de abril, Marcos Harter foi à Deam-Jacarepaguá para prestar depoimento. Ele chegou ao local acompanhado da irmã e não deu entrevistas.

Um dia antes, Harter usou a sua conta no Twitter para falar sobre a acusação. O médico alegou que nunca teve a intenção de machucar a estudante, com quem vinha mantendo uma relação amorosa.

g1

19/04/2017

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