Defesa de Lula entra no STF com pedido de liberdade após Moro aceitar ministério

Nesta segunda-feira (5), a defesa do ex-presidente Lula entrou com um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspeição do juiz Sérgio Moro, a nulidade do processo e a liberdade de Lula.

Diante dos fatos novos que corroboram ainda mais o pedido de suspeição do juiz e agora assumido ministro de Jair Bolsonaro, Sérgio Moro, a defesa decidiu entrar com o HC. Para os advogados, o juiz do caso agiu de forma política e atuou fora do âmbito do processo influenciando o período eleitoral. Os advogados lembram que, durante a campanha, Moro manteve contato com a cúpula do candidato Bolsonaro e, também durante esse período se manteve à frente do processo contra Lula, que até agosto liderava as pesquisas de intenção de voto. O pedido tem caráter liminar. Caso ele seja aceito, Lula pode ser solto imediatamente.

Em seus argumentos, apresentados ao longo de 73 páginas, os advogados do ex-presidente voltam a levantar a tese de que Moro teria sido parcial ao longo da análise do processo do tríplex, que condenou o ex-presidente a 12 anos de prisão. No sistema do STF, porém, o recurso ainda não aparece como em tramitação

“Moro compareceu a sucessivos eventos organizados por adversários políticos do Paciente, mas nunca por seus correligionários, (v) abandonou suas férias, em plena manhã de domingo, para despachar quando não havia sido convidado, tão somente para impedir a soltura do Paciente, (vi) levantou parcialmente o sigilo de delação premiada que prejudicava o Paciente às vésperas do primeiro turno das eleições presidenciais, (vii) aceitou servir como Ministro de Estado do principal opositor político do Paciente; tudo isso sem esquecer de que (viii) conferiu apoio público à manifestação realizada contra a agremiação partidária do Paciente, ainda em 2016”, afirmou a defesa.

05/11/18

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