Davi Maia relembra desastre com manchas de óleo e cobra estudo sobre impacto ambiental

A falta de esclarecimentos sobre um dos maiores desastres ambientais ocorridos no Nordeste brasileiro foi tema do pronunciamento do deputado Davi Maia (DEM) durante a sessão ordinária desta terça-feira, 1º de setembro. Ele lembrou que no último domingo completou um ano do aparecimento da primeira mancha de petróleo no litoral nordestino, no entanto a sociedade não sabe, até o momento, o impacto causado na fauna e flora marinhas. “Além disso, não conhecemos os culpados pelo desastre. Precisamos que o Governo se mova. Não podemos deixar que as pessoas esqueçam disso”, falou o parlamentar, lembrando que, ao todo, foram recolhidas mais de cinco mil toneladas de óleo nas praias dos nove estados nordestinos.

“Entre muitos outros problemas (o desastre), causou a perda de renda de até 80% de pescadores e marisqueiros que sobrevivem do mar”, destacou. “A Marinha estima que serão necessários investimentos de até R$ 2 bilhões de equipamentos para monitorar o tamanho do desastre. Até hoje não temos nenhum plano de recuperação das áreas degradadas. Precisamos que o Governo se mova”, cobrou o parlamentar, informando que, de acordo com um levantamento feito pelo Instituto Biota de Conservação, que acompanha o caso, os efeitos do acidente podem durar até 10 anos no meio ambiente. Diante disso, Maia informou que está apresentando uma indicação para que o Governo de Alagoas realize um estudo de impacto ambiental do óleo que atingiu as praias alagoanas.

“Mais de duas mil toneladas de óleo e material contaminado foram recolhidas das praias em Alagoas”, contou Davi Maia, lembrando que, na época, o Parlamento alagoano, através da Comissão de Meio Ambiente, realizou uma audiência pública que reuniu prefeitos, o Instituto de Meio Ambiente, o Ibama, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, a Secretaria de Meio Ambiente do Estado, a UFAL, a Marinha, o Greenpeace e outras organizações para debater o assunto. “O resultado foi uma carta solicitando apoio ao Governo Federal, além de ofícios a todos os órgãos responsáveis. Ficou claro que precisamos de estudos e uma fiscalização nesses locais afetados”, observou Maia, destacando que até o momento nada foi feito.

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