Cursos profissionalizantes geram oportunidades para quem teve vida devastada pelas drogas

Eletricistas, soldadores e tantos outros novos profissionais surgiram no mercado de trabalho, em Alagoas, nos últimos meses. Quem os vê trabalhando diariamente, nem imagina a situação que se encontravam em um passado não muito distante.

É que estes novos profissionais, formados por meio do programa Agentes da Paz, da Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev), já tiveram as suas vidas devastadas pelo consumo excessivo de álcool e outras drogas.

Pedro Victor, de 30 anos, é um dos mais de 370 dependentes químicos que já passaram por algum curso profissionalizante dos Agentes da Paz. Ele teve sua vida devastada pelo uso de maconha e crack e hoje é um empreendedor de sucesso graças ao curso de eletricista, que realizou há três meses.

“Usei maconha e crack desde os meus 15 anos. Eu não tinha nada, até ser acolhido pela comunidade Nova Jericó. Estou limpo já seis anos e há três meses, após fazer o curso de eletricista, abri minha mente e resolvi montar meu próprio negócio. Quem diria que eu viraria um empreendedor. Hoje conserto ar condicionado, geladeiras e todos os tipos de refrigerador. O curso de eletricista me ajudou muito para isso tudo acontecer”, disse.

Além do curso de eletricista, os Agentes da Paz já realizaram capacitações em Mecanização Agrícola, Sistema de Irrigação, Soldador e Informática.

Segundo a titular da Seprev, Esvalda Bittencourt, as capacitações são o primeiro passo para o processo de reinserção social e produtiva dos dependentes químicos. “Estamos preparando-os para reinseri-los no mercado de trabalho, de acordo com a necessidade do mercado e das empresas locais. Isso tudo leva como base ainda a Lei Estadual de Reinserção Social, de autoria do deputado estadual Carimbão Júnior e que foi sancionada pelo governador Renan Filho”, explicou.

A Lei 7.865/2017, que institui a Política de Reinserção Social em Alagoas, determina a destinação de 5% das vagas de trabalhos em empresas privadas com contrato com órgãos públicos para os dependentes químicos recuperados pela Rede Acolhe da Seprev.

Ascom – 28/02/2018

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