Cresce o número de conteúdos analisados nos três primeiros meses do ano

Como saber se um filme, programa de televisão ou jogo eletrônico físico é indicado para a idade de seu filho? Essa é uma pergunta que a classificação indicativa responde após analisar o conteúdo desses produtos. No primeiro trimestre deste ano, as análises cresceram quase 20%, comparado ao mesmo período de 2020.

A Coordenação de Política de Classificação Indicativa, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, fez 2.113 análises nos três primeiros meses de 2021, enquanto em 2020 foram 1.773. Esses números se referem a filmes, plataformas de streaming, programas de televisão, jogos eletrônicos físicos e jogos de RPG.

Crescimento

A classificação indicativa em obras de plataformas de streaming teve um aumento de 42,6% na comparação com 2020. Foram analisados 87 filmes, séries e documentários de streaming no primeiro trimestre frente a 61 no ano anterior.

Nos jogos e aplicativos digitais, o aumento foi de 16,16%. Foram monitorados 1.703 jogos e aplicativos digitais em 2021 e 1.466, em 2020.

Atenção à classificação

Criada em 1990, a classificação indicativa presta aos pais e responsáveis informação sobre a faixa etária para a qual obras audiovisuais não se recomendam a partir da forma de apresentação de conteúdos e cenas relacionados, por exemplo, à violência, sexo, nudez e drogas.

Antes da exibição do conteúdo, aparece a informação se a classificação é livre para qualquer faixa etária, se é inadequado para menores de 10 anos, de 12 anos, entre outras idades.

Mãe de uma criança de 5 anos, Mariana Lopes, que vive em Hidrolândia (GO), contou que, em casa, a opção é por deixar a filha assistir conteúdo infantil em plataformas de streaming por considerar um meio mais seguro. E os pais ficam atentos à classificação indicativa que aparece na tela.

“Sempre que eu ou meu marido vamos colocar algo para a Helena, ficamos atentos a esse ‘L’, de livre, que é de acordo com a classificação etária do programa que ela vai assistir. Como ela tem 5 anos, quando ela vai assistir alguma coisa sozinha, procuramos sempre colocar com esse ‘L’ que é livre”, relatou Mariana Lopes.

Características 

O coordenador de Política de Classificação Indicativa, da Secretaria Nacional de Justiça, Eduardo de Araújo Nepomuceno, explicou que o foco desse sistema é apoiar pais e responsáveis. “A política de classificação indicativa é de informação, não proíbe, não corta cenas, ela não impede o acesso à cultura, porque ela defende alguns princípios e direitos que são inalienáveis.”

“Falamos primeiro da liberdade de expressão, do direito de crianças e adolescentes terem acesso à cultura e ao lazer e também do direito aos pais de entender, compreender e escolher o que acham propício para seu núcleo familiar no que tange às obras audiovisuais”, completou.

De acordo com o Ministério da Justiça, o processo de classificação indicativa adotado no Brasil considera a responsabilidade da família, da sociedade e do Estado na garantia dos direitos à educação, ao lazer, à cultura, ao respeito e à dignidade à criança e ao adolescente.

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